Avenida Marcelino Pires foi tomada pela enxurrada da chuva de ontem - Crédito: Fotos: Hédio Fazan/PROGRESSO
DOURADOS – O problema da enxurrada que desce da parte alta da cidade e acumula na Avenida Marcelino Pires já está se tornando crônico. Os bueiros não vencem a grande quantidade de água e as barreiras arquitetônicas dos canteiros centrais ajudam a acumular a enxurrada. Ontem não foi diferente e motoristas que passaram pela região central da cidade se depararam com a Avenida completamente alagada.O principal problema ocorre defronte a Praça Antônio João. Desde que foi construído um canteiro para receber o semáforo, a Avenida passou a ser alagada. Acontece que agora o canteiro central vai desde o cruzamento da Rua Nelson de Araújo até a Presidente Vargas, e não há nenhuma vasão de água. A enxurrada que desce da parte alta bate no canteiro, volta e inunda a Avenida.
Na tarde de ontem as duas pistas da Marcelino Pires estavam tomadas pela água. A principal prejudicada é a parte de cima. A enxurrada invadiu até as calçadas e batia na porta de algumas lojas. Na semana retrasada esse problema causou aborrecimento para uma loja de confecção, defronte a praça. A água entrou para dentro do prédio e causou danos nas mobílias.
#####BAIRROS
Em alguns bairros críticos da cidade o problema atormenta muitos moradores, como a Vila Cachoeirinha. Acostumados com a “enchente”, muitos deles colocam os poucos móveis que restam nas alturas, em cima de cavaletes. O problema é causado por uma série de fatores, entre elas a falta de infraestrutura (drenagem) em algumas ruas e o acúmulo de lixo nos bueiros e no córrego Rego D’água, que transborda e invade casas.
Outro bairro que passou a ser castigado é o Estrela Porã. Grande parte dos moradores deste local saíram do Cachoeiri-nha. Foram para lá porque onde moravam antes era considerado área de risco. “Saímos de uma área de risco para ir para outra”, diz o presidente da Associação dos Moradores, Josias de Lima.
Ele diz que o problema é recente e passou a acontecer depois da construção de um outro bairro naquela imediação, o Altos do Alvorada. “Como o Estrela Porã não tem nenhuma rede de drenagem toda a água que desce do Altos do Alvorada desce para o meu bairro, inunda ruas e casas”, reclama o presidente.
O próprio posto de saúde do Estrela Porã está sendo castigado. Na semana passada o atendimento foi suspenso depois que a água da enxurrada invadiu o local. O único serviço prestado no momento é o odontológico. O médico do posto está de férias e volta no dia 4 de março.