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Biótica mostra que Projovem é legal

01 Dez 2010 - 23h00
Fachada da Escola Técnica Iegran, onde estão instaladas salas do Projovem Trabalhador
Foto: Hédio Fazan - Fachada da Escola Técnica Iegran, onde estão instaladas salas do Projovem Trabalhador Foto: Hédio Fazan -
Marcos Santos

DOURADOS – A Fundação Biótica, que aplica em Dourados a capacitação profissional do Projovem Trabalhador nas áreas de administração, beleza e estética, metalmecânica, telemática, turismo e hospitalidade e Pró-Alcool divulgou do-cumentos ontem provando que os cursos estão ocorrendo dentro da normalidade.

Ao contrário do que alegaram os inte-grantes do Conselho Municipal de Assistência Social, as aulas estão sendo ministradas em todas as áreas com uma turma sendo capacitada às segundas, quartas e sextas-feiras, enquanto a outra recebe a capacitação às terças, quintas e sábados.

Os documentos revelam ainda que a bolsa ajuda mensal no valor de R$ 100 que cada estudante tem direito foi depo-sita nos três primeiros meses e os dois meses seguintes estão atrasados por problemas burocráticos gerados pelo próprio Conselho Municipal de Assistência Social, uma vez que o dinheiro está disponível em conta específica da Prefeitura de Dourados.

O risco é de, atrasando a aprovação da prestação de contas pelo Conselho Municipal de Assistência Social, o dinheiro ser devolvido ao Ministério do Emprego e Renda, gestor do Projovem Trabalhador.

Nos documentos que chegaram à redação, ficam revelados todos os caminhos percorrido para a implantação do Projo-vem Trabalhador em Dourados, desde o processo licitatório vencido pela Fundação Biótica, até a escolha dos locais para aplicação dos cursos de capacitação profissional e os ofícios enviados pela Secretaria de Assistência Social da Prefeitura de Dourados definindo prazo para início das aulas.

Os documentos comprovam ainda que em 5 de julho deste ano, a Fundação Biótica encaminhou ao município a relação com os endereços dos locais onde os cursos do Projovem seriam aplicados.

O documento mais importante encaminhado ao jornal pela direção da Fundação Biótica foi uma cópia do ofício núme-ro 469, de 13 de setembro de 2010, assinado pelo então juiz interventor Eduardo Machado Rocha e pela então secretária municipal de Assistência Social, Itaciana Aparecida Pires Santiago, e encaminhado a Carlo Simi, secretário de Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho.

No ofício, o juiz interventor atestou a normalidade dos cursos promovidos pelo Projovem Trabalhador em Dourados e explicou que devido a boa aceitação e procura de educandos para a qualificação e o tamanho da região a ser atendida, a Fundação Biótica, a fim de melhor acomodar os alunos e eliminar a evasão instalou salas de aula em locais estratégicos e de fácil acesso para cada região da cidade atendida.

O magistrado confirmou que os cursos estavam sendo ministrados na Casa do Estudante, a Rua Eisei Fujinaka, 715, Altos do Indaiá, num prédio com 37 salas de aula, 18 banheiros, 1 cozinha industrial devidamente equipada; na Escola Técnica Iegran, localizada a Rua Oliveira Marques, 582, Jardim Tropical, onde foram disponibilizadas cinco salas de aula, dois banheiros e um refeitório; no Núcleo de Atividades Múltiplas da Aldeia Jaguapirú, com duas salas de aula, dois banheiros e refeitório; no Núcleo de Atividades Múltiplas da Aldeia Bororó, com duas salas de aula, dois banheiros e refeitório; na Aldeia Panambi, com uma sala de aula, dois banheiros e refeitório; no Salão da Igreja Católica de Vila Vargas, com uma sala de aula, dois banheiros e refeitório.

No ofício, o juiz informou ainda ao Ministério do Trabalho que a Fundação Biótica fornecia lanche aos alunos, trans-porte escolar, material didático, laboratórios devidamente equipados com profissionais gabaritados e especialização na área para garantir a preparação do educando, aumentando as chances de sucesso profissional e garantindo uma capacita-ção realmente eficaz para que a inserção no mercado de trabalho seja efetiva e com boas perspectivas de crescimento profissional.

Por fim, o ofício número 469, de 13 de setembro de 2010, assinado pelo então juiz interventor Eduardo Machado Ro-cha e pela então secretária municipal de Assistência Social, Itaciana Aparecida Pires Santiago, atestou ainda que o Projo-vem estava atendendo 700 alunos no curso de Administração; 400 alunos no curso de Beleza e Estética; 150 alunos no curso de Metalmecânica; 150 alunos no curso de Telemática; 150 alunos no curso de Turismo e Hospitalidade; e 450 alunos no curso de Pro-álcool.

ECONOMIA – O Projovem Trabalhador beneficia 2000 jovens com 15 horas semanais de cursos nas áreas de admi-nistração, beleza e estética, metalmecânica, telemática, turismo e hospitalidade e pró-álcool, sendo que 1000 jovens fre-quentam as aulas nas segundas, quartas e sextas-feiras, enquanto outros 1000 vão aos cursos às terças, quintas-feiras e sábados. São três períodos de aula, distribuídos em seis bases escolhidas estrategicamente para facilitar o acesso dos alunos aos cursos profissionalizantes.

Dos 2000 jovens que devem sair do programa aptos para ingressar no mercado de trabalho, cerca de 600 serão imedi-atamente empregados. O pagamento de bolsa ajuda injeta R$ 200 mil mensais na economia, além dos R$ 3 milhões do convênio que estão gerando cerca de 70 empregos diretos, entre professores, técnicos, atendentes e instrutores. O Projo-vem Trabalhador também gera empregos indiretos em Dourados por meio das empresas que atendem as necessidades do projeto nas áreas de transporte, alimentação, energia, água, materiais e equipamentos.

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