O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, durante entrevista nesta segunda-feira - Crédito: Foto: Asmaa Waguih / Reuters
O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, negou ter oferecido concessões secretas a Israel e disse nesta segunda-feira (24) que as informações de supostos documentos vazados pelo site WikiLeaks exibem tanto as posições israelenses como a de seus próprios negociadores.\"O que se pretende é uma confusão. Eu vi eles ontem mostrarem as coisas como se fossem palestinas, mas são israelenses... Isto é, portanto, intencional\", disse Abbas a repórteres em Cairo após encontro com o presidente egípcio, Hosni Mubarak.
\"Nós dizemos muito claramente, não temos segredos.\"
A rede de televisão Al Jazeera divulgou no domingo o que alegou ser partes de documentos sobre as negociações entre israelenses e palestinos nos últimos anos.
As informações revelam concessões maiores e secretas feitas por negociadores palestinos a Israel, o que elevou o grau de ceticismo em relação a Abbas entre palestinos e árabes.
Os documentos sugerem que a equipe de negociação de Abbas ofereceu abrir mão de uma parte maior de Jerusalém, incluindo uma proposta de dividir a cidade velha e seus locais sagrados com Israel --proposta há tempos rejeitada por governos árabes e muçulmanos.
Na prática, Israel controla há 44 anos toda a cidade de Jerusalém e o governo atual rejeita dividir qualquer parte da cidade com um futuro Estado palestino. Palestinos reivindicam a parte oriental da cidade como a capital de um futuro país, área que inclui toda a cidade velha, capturada por Israel em 1967.
Abbas declarou que todas as suas conversas com os israelenses foram explicadas com detalhes aos governos árabes, com a apresentação de documentos.
(G1.com)