Crédito: Álvaro Herculano O segundo dia do Festival da Juventude, ontem (26) foi marcado por atividades culturais e a presença de jovens que ocuparam a Cidade Universitária. A Universidade é sede do evento, realizado pela primeira vez, que segue até domingo, 28. Na manhã de sexta-feira, o Festival promoveu exposição de livros, mesa redonda, palestra, roda de capoeira, apresentação musical e slam de poesia urbana. Já no período da tarde, foram realizadas performance de cheerleadears, apresentação de slam, oficinas, show de comédia, tarde de autógrafos, apresentações músicais e bate papo sobre escrita.
Uma das participantes do evento é a profissional de marketing Giovana Letícia Rebelo de Carvalho, que aguardava para acompanhar a atividade de Roteiro Cinematográfico, com o escritor e produtor executivo PJ Maia. O cinema é uma das paixões de Giovana, que viu uma oportunidade de aprendizado ao participar do evento. “Eu amo tudo que envolve cinema e quando eu vi essa oficina eu fiquei muito feliz. Me interessei [em participar] por aqui ser escasso esse tipo de atividade. Quando fiquei sabendo, pensei que era uma ótima oportunidade”.
A profissional de marketing conta que participar da oficina é também importante para seu futuro. “Eu estou querendo fazer pós em audiovisual e quem sabe, futuramente, fazer também graduação em audiovisual. Aqui estou experimentando um pouco mais para ver se é realmente o que eu gosto, pra encarar essa aventura de uma nova faculdade”, explica.
O Teatro Glauce Rocha recebeu nesta tarde o comediante Matheus Buente, que se apresentou para uma plateia formada, majoritariamente, por jovens de escolas públicas da cidade. Para o comediante, que também é professor, promover um evento na Universidade para o público juvenil pode ser fonte de inspiração. “Essa iniciativa é super legal, principalmente quando eu vi durante a apresentação que tinha uma turma do ensino médio na plateia, não só universitário. Isso é muito legal porque aproxima esse jovem da Universidade e mostra que esse espaço também é pra eles. Isso é super importante para que ele já cresça na perspectiva de querer estar nesse espaço e para que a Universidade se mantenha oxigenada”, avalia.
Uma das jovens que estava na plateia do Glauce Rocha para o show de comédia era a estudante do curso de Música Rosalina Felipe de Paiva. A estudante conta que prestigiar o festival é também uma forma de valorizar a cultura. “Eu resolvi vir porque esse tipo de festival não acontece sempre. E é algo que a gente tem que valorizar e participar porque a cultura nesses tempos atuais é algo escasso. Mas hoje a gente tem aqui alunos do ensino médio, professores, universitários prestigiando um evento assim, e isso é muito bonito”.
À noite, o Teatro Glauce Rocha deveria receber a palestra com o escritor e roteirista Raphael Montes, que deveria falar sobre o gênero suspense nas páginas e nas telas. Mas, ainda no período da tarde, Gilson Oliveira, de 15 anos, já estava na frente do teatro acompanhado da avó. Para Gilson, a leitura é uma forma de liberdade. “Para passar por momentos ruins, como uma rota de fuga. É uma coisa que me ajuda, que gosto muito”.
O estudante conta que é fã do trabalho do escritor e aguardava ansioso pelo evento. “Eu já tentei ir no em uma sessão de autógrafos em São Paulo, mas não consegui. Mas hoje eu vou vê-lo e estou muito ansioso. Acho que a gente tem que valorizar mais a literatura nacional, esses autores precisam ser mais reconhecidos dentro do próprio país. O Festival é uma oportunidade para as pessoas conhecerem esses autores e valorizarem a nossa literatura”, disse.
Fotos: Álvaro Herculano / Alíria Aristides
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