
De acordo com a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes, a alta tem sido atribuída aos maiores valores de aquisição junto às usinas e à majoração da base de cálculo dos tributos. “Estamos surpresos com a constante e persistente elevação dos preços de aquisição dos combustíveis, mesmo com as notícias de início da safra de cana-de-açúcar e da chegada dos carregamentos de anidro importado”, diz o presidente da Fecombustíveis, Paulo Miranda Soares.
Segundo dados da Federação, desde o início do ano o anidro já subiu 113% nas usinas, isto sem contabilizar frete ou impostos, o que elevou em 17% o custo da gasolina. No mesmo período, segundo a Fecombustíveis, o litro da gasolina subiu 9,5% na distribuição e 8,6% na revenda, analisando os dados médios para o Brasil divulgados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP).
José Tarso Moro da Roas, do Sinpetro/MS, também defende que os empresários não foram advertidos sobre o novo reajuste. “Ninguém fala nada. O preço está oscilando tanto que, se você me perguntar o preço no meu posto, não sei dizer de cabeça”, afirmou. Tarso disse que, percorrendo alguns postos em Dourados, constatou que o preço chega a R$ 3,05 ou até R$ 3,07 em alguns locais.
Em contato com a Petrobras, o vice-presidente do Sinpetro foi informado que o reajuste está ligado à baixa disponibilidade de gasolina no mercado. “O etanol subiu tanto que muita gente migrou para a gasolina. Agora, falta gasolina nas revendas e o preço ficou mais alto”, diz ele, ao confirmar a carência do combustível nas revendedoras. “A gente manda dez caminhões e eles carregam quatro ou cinco. Realmente o estoque não tem atendido nem à demanda dos postos de combustível”, explica.
#####MEDIDAS
Segundo o empresário, o impacto só não tem sido pior porque o governo está barrando novos reajustes, apesar das pressões da Petrobras. Segundo ele, algumas medidas prometem amenizar a situação e até mesmo provocar queda nos preços – entre elas, a redução para 18% no nível de concentração de etanol na gasolina, medida adotada recentemente pela presidente da República, Dilma Rousseff (PT). Atualmente, a média de concentração é de 20% a 25% de etanol na gasolina.
Outra medida que também deve colaborar para a estabilização dos preços é a mudança no tipo de commoditie do álcool anidro, que deixa de ser agrícola para ser tratado como combustível. Esta alteração, segundo o Sinpetro/MS, obriga que a fiscalização seja feita pela ANP. “A agência deverá determinar um estoque regulador, para que não haja alternância de preço na entressafra”, explica.
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