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Conflito entre indígenas e fazendeiros deixa duas crianças queimadas e um óbito

14 Jun 2016 - 15h28
Momento da chegada de uma das vítimas no Hospital São Mateus. - Crédito: Foto: Miguel Vasconcellos FilhoMomento da chegada de uma das vítimas no Hospital São Mateus. - Crédito: Foto: Miguel Vasconcellos Filho
O conflito entre indígenas e fazendeiros já resulta em duas crianças queimadas, um óbito e seis índios gravemente feridos, sendo uma mulher. As vítimas foram encaminhadas para o Hospital São Matheus, em Caarapó - localizado a 283 km de Campo Grande. A ocupação ocorreu na noite de domingo (12), na fazenda Ivu, e a disputa ocorre porque a fazenda está dentro da área em que foi demarcada na tekoha Tey'i Juçu, reivindicada pela etnia guarani-kaiowás.

Com ferimento provocado por um tiro durante o confronto entre índios e produtores rurais, nesta terça-feira (14), na Fazenda Ivu, ocupada pelos guarani-kaiowá desde domingo, uma criança indígena deu entrada no Hospital São Mateus, no município de Caarapó, município a 283 km de Campo Grande.

De acordo com o site Campo Grande News, a criança é a sexta vítima com ferimentos, todos indígenas, que está no hospital da cidade. Um dos feridos morreu, porém a atendente do hospital se recusou a confirmar as informações por telefone.

O delegado titular da Delegacia de Polícia Civil de Caarapó, Rodrigo Blonkowski, também não quis falar com a reportagem. Por telefone, ele disse que estava em diligência e não poderia dar informações naquele momento.

Rodrigo informou que um agente de saúde indígena de 25 anos de idade teria sido a vítima fatal do confronto, segundo o site Alô Caarapó. O homem chegou a dar entrada no hospital São Mateus, mas não resistiu aos ferimentos.

Três policiais militares estão sendo mantidos reféns nesta terça-feira (14) depois da morte de um índio durante em confronto na Fazenda Yvu, em Caarapó, cidade a 273 quilômetros de Campo Grande. Segundo informações preliminares, os militares foram espancados, despidos e ainda tiveram gasolina jogada no corpo antes de serem resgatados.

De acordo com o site Midiamax, segundo informações da Polícia Militar do município, a guarnição foi acionada para dar apoio ao Corpo de Bombeiros durante o atendimento as vítimas do confronto entre fazendeiros e índios na ocupação da fazenda. Depois que as vítimas foram socorridas, os militares foram capturados e mantidos reféns pelos indígenas.

Os três policiais foram agredidos, despidos e tiveram combustível jogado no corpo. Reforço foi acionado e os militares liberados. O trio foi levado para o Batalhão da Polícia Militar de Caarapó e equipes Força Tática e da Polícia Federal de Dourados estão a caminho do município para tentar controlar a situação.

Após o confronto com os produtores, que teriam ido à área invadida para libertar funcionários que estariam sendo mantidos como reféns, os índios bloquearam a estrada que corta a aldeia Tey Kuê. Por não conseguir passar, o motorista de um caminhão teria jogado o veículo contra os índios.

De acordo com Edson Terena, a morte das crianças ocorreu por conta dos fazendeiros. "Eles devem ter colocado fogo nas casas e as crianças não conseguiram sair", lamenta.

Já Elvis Terena, a retomada dos guarani-kaiowás, foi definida recentemente. "A situação na região está tensa. A morte confirmada é de um agente de saúde da aldeia e há entre dois e três mil indígenas retomando as suas terras".

A área invadida atualmente pertence a uma pecuarista de 59 anos de idade, que teria registrado boletim de ocorrência sobre a invasão e disse que o caseiro, a mulher dele e uma criança de oito meses estariam como reféns dos índios.

Outra informação ainda não confirmada é de que pelo menos quatro policiais militares do batalhão de Caarapó estariam sendo mantidos como reféns dos índios, na fazenda ocupada.

A informação passada para o Campo Grande News é que neste momento alguns representantes indígenas estão em uma videoconferência com representantes de Brasília para tentar resolver a situação.

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