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“Favela” retrata infância na comunidade

30 Mai 2016 - 06h00
Com linguagem simples e poética, o livro “Favela” mostra outra visão sobre o viver infantil nas comunidades. - Crédito: Foto: DivulgaçãoCom linguagem simples e poética, o livro “Favela” mostra outra visão sobre o viver infantil nas comunidades. - Crédito: Foto: Divulgação
Baseado na história do marido, que cresceu em uma favela, a jornalista catarinense Dílvia Ludvichak, escreveu o livro "Favela". A obra retrata a trajetória do menino Pepeu. Nascido no Morro do Dendê (Rio de Janeiro) ele é uma criança sagaz e inteligente, que conta seus pensamentos e descobertas sobre o lugar onde mora.


Com imensa felicidade, ele mostra um mundo todo colorido, onde as principais preocupações das crianças são apenas as suas diversas brincadeiras como: pipa na laje, jogar bola, brincar de pique-esconde, pique-bandeira, dentre outras.


Além de contar um pouco do seu dia a dia, Pepeu também fala sobre acontecimentos históricos de grande valia, como a origem da Favela, por exemplo. De acordo com o personagem, ela surge depois da Guerra de Canudos, época na qual os soldados que voltaram para o Rio de Janeiro ocuparam o Morro da Providência, chamando-o "Morro da Favela".


Com linguagem simples e poética, o livro mostra outra visão sobre o viver infantil nas comunidades: sob o olhar lúdico de uma criança, a obra retrata uma vida cheia de aspectos mágicos, na qual a simplicidade não é motivo para deixar de ser feliz.


Apesar de toda a beleza retratada dentro da comunidade, a autora também mostra que lá existem perigos. Retratados de forma leve e sutil.


A cada página ainda predomina a faceta bela e colorida do viver no morro: Pepeu sempre é descrito como uma criança feliz e despreocupada.


Com muitos desenhos feitos em mosaico (trabalho de Rogério Coelho, ilustrador profissional de vários livros e revistas desde 1997), as gravuras atingem um efeito tridimensional, algo que chama a atenção de um grande público infantil.


Por fim, pode-se dizer que Dílvia Ludvichak teve uma grande ideia ao abordar em Favela aspectos da realidade das comunidades muitas vezes desconhecidos ao público infantil. Indo além da violência falada nos noticiários, a autora mostra que a vida dentro da favela é muito mais do que o "cinza" visto por quem está de fora.

Autores


Dílvia Ludvichak nasceu em Lages (SC), mas atualmente mora em São Paulo, onde trabalha há mais de 20 anos no mercado editorial. Formou-se em Jornalismo, mas sua paixão é a Literatura para crianças e jovens. Já lançou alguns livros e, conforme promete, muitos outros já estão em sua cabeça e em seu coração.


Rogério Coelho é um paulista que mora atualmente em Curitiba (PR). Desenha desde pequeno e fez da ilustrações uma companheira pelo resto da vida. Já ilustrou muitos livros e recebeu alguns prêmios, como o Altamente Recomendável, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) e o prêmio Jabuti.

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