Youtuber Kéfera Buchmann faz paródia de “Bang”, da Anitta; Kéfera é convidada da 24ª Bienal. - Crédito: Foto: DivulgaçãoO tema da 24ª Bienal do Livro de SP é "Histórias em Todos os Sentidos". Com oito espaços culturais e extensa variedade de debates, sessões de autógrafos, apresentações de música e teatro, exposições, programa para crianças e atividades que vão da gastronomia ao rap e ao repente, a Bienal do Livro de SP 2016 segue a proposta de 2014: quer ser mais que feira de livros para comprar obras com desconto.
Voltada ao público jovem, a Arena Cultural promoverá encontros com best-sellers e youtubers. Já o Salão de Ideias é para o público que quer acompanhar "discussões atuais e de amplo interesse com escritores, pensadores e artistas, abordando temas de relevância social e cultural", informa o material de divulgação.
Haverá também o Espaço Maurício de Sousa, para crianças e com exposição em homenagem aos 80 anos do criador da Turma da Mônica. Além disso, pela quarta Bienal seguida, o espaço Cozinhando com Palavras juntará gastronomia e literatura. Outros dois destaques são O Espaço Cordel e Repente, dedicado ao gênero da literatura regional do nordeste e o Espaço Ignácio de Loyola Brandão, com debates sobre direitos autorais, políticas públicas e mercado editorial.
Os ingressos agora custam R$ 20 (visitas de segunda a quinta-feira) e R$ 25 (visitas de sexta-feira a domingo). Em 2014, os valores eram R$ 12 e R$ 15. Na entrevista coletiva, Luiz Antônio Torelli, presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), que organiza o evento, creditou o aumento à inflação e à cotação do dólar, que influencia o gasto com convidados internacionais.
Ele citou ao portal G 1, que a proposta inicial era que as entradas ficassem em torno de R$ 30. Explicou também que boa parte do público da Bienal não costuma pagar ingressos. São pessoas com mais de 60 anos ou menos de 12 anos, estudantes, professores profissionais do mercado editorial.
De acordo com Torelli, o investimento total para a 24ª Bienal Internacional do Livro de SP foi de cerca de R$ 30 milhões – desse total, R$ 12 milhões são bancados pela própria CBL. Pela Lei Rouanet, o evento foi autorizado a captar R$ 9 milhões, mas desse total foram captados pouco mais de R$ 4 milhões, informa o presidente da CBL.
Dizendo-se otimista mesmo diante da crise do mercado editorial em 2016, ele lembrou que desta vez a Bienal vai ter 280 expositores, muitos deles estreantes. Na edição anterior, foram 350 expositores, que representaram 750 selos.
Torelli afirmou que a Secretaria Municipal de Educação vai dar R$ 500 a 547 escolas da rede pública para que as diretorias comprem livros na Bienal 2016. Na edição anterior, a secretaria repassou R$ 10 a 25 mil alunos da rede pública (2048 escolas fizeram o cadastro).
Suporte
Dentre as mudanças da infraestrutura, Paulo Octavio Pereira de Almeida, vice-presidente executivo da Reed Exhibitions Alcantara Machado, organizadora da Bienal, destacou a ampliação dos corredores e a presença da Guarda Civil Metropolitana no interior do Anhembi para fazer a segurança.
Ele também destacou uma iniciativa para tentar reduzir a possibilidade de tumulto nas concorridas sessões de autógrafos de autores best-sellers. Na Bienal 2016, os visitantes deverão concorrer a senhas que vão ser disponibilizadas no site oficial: www.bienaldolivrosp.com.br. Os horários e nomes dos convidados participantes começam a ser divulgados no dia 1º de agosto.
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