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ESG por si só não é o suficiente: Importância de uma estratégia empresarial assertiva

Entenda como uma estratégia consolidada pode transformar desafios em oportunidades de crescimento

07 Fev 2024 - 10h15Por Daiana Barasa
ESG por si só não é o suficiente: Importância de uma estratégia empresarial assertiva -

Pensar em práticas ESG não exclui a necessidade da criação de estratégias de gestão para o alcance de objetivos de curto e longo prazo nas empresas.

Levantamento realizado pela McKinsey com 2.269 empresas de capital aberto analisou o retorno dos acionistas (RTA), o desempenho financeiro e as classificações ESG e foi constatado que as empresas de melhor lucratividade e crescimento são aquelas que melhoram a sustentabilidade e ESG.

Com ampla experiência no mercado corporativo, implantando governança corporativa e ESG, ajudando empresas por meio da MORCONE Consultoria Empresarial, principalmente da modalidade familiar a uma melhor rentabilidade, a se manter no mercado através das gerações inspirando outros negócios, Carlos Moreira trata sobre o ESG como importante instrumento para a criação estratégica organizacional.

Retornos excepcionais com a tríade: receita, lucro econômico e progresso em ESG

Utilizando como referência a pesquisa da McKinsey, explorarei importantes pilares quando o objetivo das organizações é: crescimento, lucratividade e sustentabilidade.

A pesquisa inicia com a seguinte reflexão: “Crescimento da receita é bom. Crescimento lucrativo é melhor. Um crescimento que apoie as prioridades de ESG é o melhor de todos”.

A análise também explorou que as empresas que se destacam em crescimento, lucratividade e sustentabilidade são guiadas por cinco princípios:

    Integrar o crescimento, a lucratividade e o ESG à estratégia principal;
    Inovar nas ofertas ESG a fim de gerar valor;
    Usar fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês), para capturar rapidamente bolsões de crescimento em ESG;
    Monitorar e divulgar dados de ESG e dados correlacionados com transparência;
    Incorporar prioridades estratégicas ao DNA organizacional.


Integrar o crescimento, a lucratividade e o ESG à estratégia principal

Uma característica entre as empresas que apresentaram desempenho superior no mercado é que as iniciativas relacionadas ao ESG são tratadas como prioridade e são integradas à estratégia organizacional mais ampla, junto ao crescimento e lucratividade.

São empresas que “apostam” suas fichas na sustentabilidade como plano A em sua realidade.

Inovar nas ofertas ESG a fim de gerar valor

A inovação também ganha destaque nas estratégias organizacionais em empresas com o melhor desempenho no mercado e que estão comprometidas a inovar naquilo que fazem e em como fazem.

A pesquisa deu o exemplo de uma empresa europeia de transporte e logística que utilizou a inovação como um meio de atingir a liderança em ESG. A organização criou um polo de inovação para orientar iniciativas globais e um meio de monitorar as tendências tecnológicas para ficar por dentro das tecnologias em destaque no mercado.

É não ter medo de mudar e quebrar a crença de que as novas tecnologias são “inimigas” do desenvolvimento humano, pelo contrário, as novas tecnologias utilizadas com maestria podem te colocar à frente em seu segmento de atuação!

Usar fusões e aquisições para capturar rapidamente bolsões de crescimento em ESG

Fusões e aquisições podem ser um importante meio para acelerar a entrada das empresas em novas áreas de crescimento. As organizações mais bem-sucedidas no mercado estão atentas aos bolsões de crescimento adjacentes mal atendidos e em alocar recursos para abraçar essas oportunidades.

É unir propósitos para crescer ainda mais, expandir para outras áreas, alcançar novos públicos e continuar evoluindo em seu segmento de atuação à frente da concorrência.

Monitorar e divulgar dados de ESG com transparência

A geração de valor é complexa à medida que a compreensão sobre valor provém da subjetividade percebida por cada parte interessada, ou seja, o que uma empresa reconhece como valor pode não ter a mesma relevância para outra.

Sendo assim, a divulgação e comunicação transparentes estão entre os recursos que comunicam sobre o quanto essas iniciativas geram valor, assim como a jornada que engloba as metas e os progressos, meios pelos quais as recompensas são obtidas.

A ideia surge de uma referência simples: Como saberão se eu não comunicar? Como compreenderão se eu não comunicar assertivamente? A boa comunicação unida à transparência é o que trará o reconhecimento por parte dos investidores e demais stakeholders.

Incorporar prioridades estratégicas ao DNA organizacional

Outra característica dessas empresas de desempenho superior é que o ESG está incorporado em sua gestão, cultura, processos, gestão de pessoas, conselhos de administração, comitês temáticos e em todas as esferas que fazem parte do negócio.

São estabelecidas pelas equipes de gestão: responsabilidades, métricas de desempenho e metas claras, que são medidas de forma rigorosa. O ESG não fica de lado na criação estratégica de negócio e está integrado em todas as iniciativas.

Estratégia e ESG – como os conselhos contribuem ativamente para a vivência dos dois conceitos

Tanto o conselho consultivo quanto administrativo tem a missão de serem estratégicos e de orientar na governança e planejamento estratégico organizacional.

Segundo o Índice Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), existem três características primordiais para um conselho mais estratégico: diversidade, que permite o pensamento estratégico em diversas dimensões, como: gênero, etnia, formação profissional, idade, experiência e vivência etc.; independência, o que garante sua integralidade quanto à capacidade de contestarem a cultura e o pensamento dominante e o determinado conjunto de habilidades e, dentre elas, destacam-se: constante curiosidade e “estado de alerta” ligada às tendências de mercado, boa comunicação, escuta ativa, humildade, entre outros atributos.

Quando a empresa opta pelo conselho consultivo como meio de transição para o conselho de administração, o papel deste órgão é o de direcionar e lembrar ao negócio sobre seu propósito, objetivos de mercado e sobre a necessidade de vivenciar o ESG em cada iniciativa pretendida.

E embora não tome decisões, o conselho consultivo é essencial para trazer maior confiança aos gestores no momento de fazer as melhores escolhas.

Já o conselho administrativo, quando dotado da multidisciplinaridade de ideias, talentos, competências, entre outros fatores, desempenha um papel crucial para a tomada de decisões estratégicas e, especialmente na empresa familiar, por ter uma visão externa alheia aos relacionamentos pessoais e familiares, atua na proteção à estratégia e aos princípios organizacionais.

A estratégia fortalece as empresas e as auxilia quanto à preparação para o futuro; para maior capacidade de adaptabilidade no mercado; no alinhamento de recursos sejam eles humanos, financeiros ou tecnológicos e, claro, contribui grandemente para o aumento da competitividade.

Estratégias assertivas associadas às práticas ESG impulsionam o desempenho econômico das empresas, mas também impactam no fortalecimento da reputação organizacional, na construção de relacionamentos junto às partes interessadas (investidores, acionistas, consumidores, fornecedores, etc.) e claro, são fundamentais para a criação de um futuro sustentável.

O ESG por si só, em uma visão superficial de atender a critérios de sustentabilidade não pode mudar a realidade de uma empresa, mas em conformidade com o seu processo de criação estratégica já existente e quando integrado em todas as esferas que compõe a empresa, faz toda a diferença e a coloca entre as mais bem-sucedidas do mercado.

Deseja integrar o ESG à criação estratégica da sua empresa? Temos as principais soluções para mudar a sua realidade e te fazer ir além quanto aos seus objetivos.


Carlos Moreira - Há mais de 37 anos atuando em diversas empresas nacionais e multinacionais como Manager, CEO (Diretor Presidente), CFO (Diretor Financeiro e Controladoria), CCO (Diretor Comercial e de Marketing). e Conselheiro Administrativo.

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