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Política

Renato Câmara pede apoio de Tereza Cristina contra normativa que prejudica 8 mil produtores de mandioca

24 Abr 2019 - 17h17Por Redação
Deputado Renato Câmara esteve na superintendência do Banco do Brasil e agora solicitou o apoio do ministério da Agricultura para tentar reverter medida que prejudica os produtores de mandioca no Estado - Crédito: Toninho SouzaDeputado Renato Câmara esteve na superintendência do Banco do Brasil e agora solicitou o apoio do ministério da Agricultura para tentar reverter medida que prejudica os produtores de mandioca no Estado - Crédito: Toninho Souza

O deputado estadual Renato Câmara (MDB) apresentou na sessão desta quarta-feira (24) da Assembleia Legislativarequerimento à ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, pedindo que o governo federal reavalie a resolução do Banco Central que reduziu para apenas 12 meses o prazo de pagamento de financiamento concedido aos produtores de mandioca. Conforme entidades ligadas a categoria, a normativa prejudica pelo menos 8 mil produtores de mandioca apenas em Mato Grosso do Sul e praticamente inviabiliza a contratação de financiamento para custeio da cultura no Estado.

Conforme a resolução 4.709, de 31 de janeiro de 2019, do Ministério da Fazenda, o prazo de pagamento de financiamento passou de 24 meses para 12 meses. O requerimento para tentar reverter a determinação foi aprovado por unanimidade pelos demais deputados. O documento será entregue amanhã pelo deputado Marcio Fernandes (MDB) em Brasília, para que Tereza Cristina possa interceder e negociar com o Ministério da Fazenda.

Na terça-feira, Renato Câmara se reuniu com o superintendente do Banco Brasil em Mato Grosso do Sul, Sandro Jacobsen Grando, em busca de uma alternativa para resolução que prejudica os produtores de mandioca de MS. Também participaram do encontro representantes da Associação dos Produtores e Industriais de Mandioca de MS, da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) e o presidente da Câmara de Vereadores de Ivinhema, Admilson Fotógrafo.

O emedebista enfatiza que o prazo reduzido pode inviabilizar a produção no Estado, já que o ciclo do plantio a colheita demora de 14 a 20 meses. Nesse período, os produtores financiam recursos para insumo, arrendamento das terras e maquinário e, caso o prazo de pagamento de um ano seja mantido, o produtor não terá como pagar.

Renato Câmara destaca que a cultura da mandioca exerce um papel importante para a geração de emprego e renda em diversos municípios do Estado, o que torna ainda mais essencial a atuação emergencial do governo federal para rever a medida e buscar uma alternativa que respeite as características locais de produção. O deputado lembrou que a cultura da mandioca enfrenta atualmente uma de suas piores crises em razão dos baixos preços que estão sendo praticados por conta do excesso de produção. “Ou seja, os produtores de mandioca estão descapitalizados e necessitam desta linha de crédito para continuar na atividade. Apresentamos esse panorama ao Banco do Brasil e agora estamos indo até a ministra da Agricultura Tereza Cristina, que é do nosso Estado e conhece de perto a realidade da agricultura familiar. Esperamos que haja uma mudança nesta nova política de financiamento, porque do jeito que está prejudica os produtores de mandioca de MS e de outros Estados”.

Conforme o representante da Associação dos Produtores e Industriais de Mandioca de MS, Osvaldo Cardogna, a nova resolução não considerou características de algumas culturas, como a mandioca. Ele explica que no Centro Sul do país (São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) 90% dos produtores colhem a mandioca em ciclos de 18 e 24 meses.

 “Essa normativa é muito prejudicial aos produtores de mandioca do nosso Estado. Como vamos pagar o financiamento do custeio em 12 meses se só colhemos nossa a mandioca em um período que varia de 14 a 24 meses após plantio? É totalmente inviável. É preciso que o governo federal considere as características regionais para não prejudicar tanto a categoria. Do contrário, poderá ser decretada o fim da atividade na região, com enormes prejuízos econômicos e sociais, gerando desemprego no campo e na agroindústria e debilitando a economia de diversos municípios”, destacou.

PRODUÇÃO

Mato Grosso do Sul é o segundo maior produtor brasileiro de farinha de mandioca (ou fécula) e um dos principais fornecedores para indústrias de outras regiões. São aproximadamente 8 mil famílias atuando na atividade, mil apenas no município de Ivinhema. Dados da Embrapa indicam produção de 690 mil toneladas da raiz em área de 31.805 hectares no Estado.

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