André Puccinelli anunciou ontem que vai processar o deputado Dagoberto Nogueira
Foto: divulgação
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CAMPO GRANDE - O governador André Puccinelli anunciou ontem que vai processar o deputado federal Dagoberto Nogueira Filho (PDT), candidato derrotado ao Senado, pelas afirmações “mentirosas, levianas e irresponsáveis” inseridas na representação apresentada pelo parlamentar à Procuradoria Geral da República, em Brasília. O deputado que já responde a 30 processos na Justiça estadual terá que se defender de mais um. “O Dagoberto foi julgado pelas urnas, perdeu feio, ficando em último lugar para o Senado e, agora, busca criar um factóide, tentando confundir e ganhar espaço na mídia um dia antes da visita dos membros o Conselho Nacional de Justi-ça”, afirmou o governador, declarando que a representação é totalmente descabida e sem qualquer fundamento.
Em um dos pontos da representação, Nogueira acusa André Puccinelli de ter cometido falsidade ideológica por ter de-clarado à Justiça Eleitoral ser natural de Campo Grande. É público e notório que o governador sul-mato-grossense nas-ceu em Viareggio, na Itália, vindo para o Brasil com sete meses de idade. É, portanto, brasileiro naturalizado.
Essa informação consta nos sites do Governo de MS e é de conhecimento geral. Nos dados do TSE, aparece a infor-mação brasileiro naturalizado e a naturalidade em Campo Grande, domicílio do governador, simplesmente porque o sistema informatizado da Justiça Eleitoral não permite respostas diferentes. No modelo das eleições de 2006, que tinha espaço para preencher, está correta a naturalidade (Viareggio, Itália), assim como em toda a documentação pessoal de Puccinelli apresentada à Justiça.
“Não há, portanto, nenhuma base que sustente a denúncia, nascida do inconformismo do parlamentar do PDT com o resultado das eleições”, argumenta o governador. Embora durante toda a campanha eleitoral, em nenhum momento o patrimônio declarado do governador tenha sido contestado, nem sequer posto em suspeita, agora o deputado federal acu-sa Puccinelli de ter bens incompatíveis com a renda. Para forçar essa conclusão, Dagoberto inclusive reduz o salário ofi-cial do chefe do Poder Executivo, que é de R$ 22 mil para R$ 12 mil, atitude que evidencia e reforça a má-fé da repre-sentação.
O governador ressalta que durante toda a campanha eleitoral nenhum partido, muito menos Dagoberto, questionaram na Justiça as contas apresentadas, pessoais ou eleitorais, não existindo qualquer representação por abuso do poder eco-nômico ou benefício indevido a qualquer candidato, eleito ou não. Para Pucinelli, a representação é um ato político de-corrente do descontentamento de Dagoberto Nogueira Filho com o resultado das eleições, que não merece maiores consi-derações.