Delegado Erasmo Cubas deu detalhes sobre o crime em coletiva à imprensa - Crédito: Reprodução Narciso da Silva, de 34 anos, preso no Paraná suspeito de ser o autor da execução de Jovane Rodrigues Pires, 29, na madrugada de ontem, tentava reatar o relacionamento com a ex. A informação é do delegado Erasmo Cubas, chefe do SIG (Serviço de Investigações Gerais).
Em entrevista à imprensa hoje pela manhã, Cubas deu detalhes do caso. O ex casal tem dois filhos e estava separado há 7 meses. Nesse período, a mulher passou a se relacionar com Jovane.
Ela era motorista, trabalhava em uma indústria, e conduzia o caminhão que foi deixado às margens da MS-276, no distrito de Indápolis, em Dourados. O corpo de Jovane foi encontrado ao lado do veículo. Levou quatro tiros.
Em diligências na cena do crime, conforme o delegado, os policiais do SIG constataram que dois celulares da mulher estavam no local. A partir daí foi realizada tentativa de comunicação com ela, sem sucesso.
A equipe constatou que havia um boletim de ocorrência por violência doméstica contra Narciso e que dias antes do crime tiros foram dados contra a casa da mulher, porém, não havia sido feita ocorrência.
Com essas informações, o ex passou a ser investigado. Ele também é motorista e foi descoberto que faria uma viagem até o estado de Santa Catarina.
Empresa de rastreamento passou a atuar junto ao SIG e deu detalhes do paradeiro. Narciso teria seguido os passos da ex e logo após o crime, conforme o delegado, ele teria obrigado a mulher entrar no carro dele, bem como os filhos. Juntos foram para a cidade de Ivinhema (MS), onde o caminhão que Narciso trabalha seria pego, para seguir viagem ao sul.
O carro do suspeito foi deixado em Ivinhema. Ao identificar que o caminhão seguiu viagem entre Mato Grosso do Sul e Paraná, o SIG manteve contato com a PRF de Dourados, que consequentemente comunicou a PRF do estado vizinho.
Os policiais abordaram o veículo e detiveram a família. Cubas informou que a mulher chegou a presenciar o namorado ser morto, mas não teve participação do crime e que só entrou no veículo junto ao ex por medo. “Foi mantida em cárcere juntos aos filhos”, afirmou Erasmo Cubas.
Já na delegacia em Dourados, acompanhado de advogado, Narciso disse que queria “viver uma nova vida com a ex e os filhos”. Ele foi preso acusado de homicídio qualificado e cárcere. A arma usada no crime foi apreendida.
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