Na delegacia, o PM chegou sozinho. Durante mais de duas horas ele relatou a polícia a versão dele sobre o assalto que ocorreu no dia 5 de julho em um supermercado da capital. Ele é investigado por ter reagido a tiros ao tentar evitar que uma dupla de assaltantes fugisse.
Na ação morreram um dos assaltantes, de 18 anos, e o gerente. O depoimento foi acompanhado por um advogado que defendeu a conduta do policial. “Ele agiu no estrito dever. No estrito cumprimento do dever dele. Da forma perfeita como ele tinha que agir”, diz o advogado Robson de Freitas.
Essa foi a primeira vez que o policial prestou depoimento sofre o inquérito. Segundo a Polícia Civil, outras 15 pessoas já foram ouvidas, entre elas clientes e funcionários do supermercado e familiares dos assaltantes.
A polícia já convocou cinco especialistas em segurança pública e abordagem policial. Os depoimentos vão ajudar a esclarecer se a conduta do policial pode ser considerada abusiva ou legitima defesa.
De acordo com a Polícia Civil, quatro laudos técnicos também devem ajudar na conclusão do inquérito, além da balística e dos exames necroscópicos. A polícia também aguarda a análise das imagens das câmeras de segurança que mostram o momento em que o policial reagiu. Os laudos devem ser divulgados na próxima semana e o delegado responsável pelo caso disse que só vai voltar a pronunciar sobre o caso quando a investigação terminar.
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