Os policiais estão em Amambai e Iguatemi, onde cumprem 2 mandados de prisão preventiva, 14 mandados de busca e apreensão e 16 mandados de condução coercitiva, expedidos pela Justiça Federal, em Ponta Porã.
Segundo a polícia, essa organização lucrou mais de R$ 1 milhão fazendo registros falsos de crianças como se fossem filhos de indígenas que já tinham morrido. A intenção era receber a pensão por morte dos índios.
As investigações apontaram que a quadrilha começou a se estruturar a partir da atuação de um servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai). O grupo tinha esquema logístico de transporte para levar indígenas para confecção dos documentos pessoais e contava também com suporte jurídico de um advogado que pleiteava judicialmente os benefícios.
A operação foi denominada de Uroboros, em referência à uma serpente mítica que simboliza o caráter destrutivo da cobiça e da ganância, por engolir o próprio rabo. Cerca de 80 policiais da PF participam da operação em conjunto com o Ministério do Trabalho e Previdência Social, com apoio do Ministério Público Federal.