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Paz e segurança

Situação em usina nuclear na Ucrânia "está longe de ser estabilizada", afirma ONU

Em visita ao país, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica irá analisar o estado dos sistemas de energia e refrigeração essenciais para prevenir um acidente trágico

07 Fev 2024 - 22h00Por ONU
A usina nuclear de Zaporizhzhya, na Ucrânia - Crédito: IAEAA usina nuclear de Zaporizhzhya, na Ucrânia - Crédito: IAEA

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, está na Ucrânia para visitar a usina nuclear de Zaporizhzhya. Ele se reuniu com o presidente ucraniano Volodymir Zelensky, nesta terça-feira, antes da viagem rumo ao local.

Falando de Kyiv antes da reunião, Rafael Mariano Grossi ressaltou a importância de garantir a proteção das instalações, de modo a impedir que haja um “acidente radiológico afetando as vítimas da guerra”.

Situação frágil de proteção nuclear

No entanto, ele afirmou que no momento não há espaço para “complacência” e que a situação “está longe de ser estabilizada”.

Grossi disse que os fatores ligados ao suprimento externo de energia já causaram oito apagões completos, que impediram que a unidade realizasse corretamente sua função de resfriamento, necessitando assim de geradores de emergência.  

A visita, prevista para esta quarta-feira, irá avaliar questões importantes e acontecimentos recentes relacionados à ainda frágil situação de proteção nuclear no local.

Grossi informou ao presidente Zelensky que os principais objetivos da missão incluem avaliar o estado dos atuais sistemas de energia e refrigeração essenciais para a segurança da planta e os níveis de pessoal qualificado. 

A Central Nuclear de Zaporizhzhya, na Ucrânia, está entre as maiores do mundo

A Central Nuclear de Zaporizhzhya, na Ucrânia, está entre as maiores do mundo - Foto: Aiea/Fredrik Dahl

 

Preocupação com falta de pessoal

Uma das maiores preocupações apontadas pelo chefe da agência é o número reduzido de funcionários trabalhando nesta grande instalação de energia. 

Esta será a quarta vez que o diretor-geral da Aiea atravessa a linha da frente da guerra para visitar a central eléctrica, cujos seis reatores estão todos desligados há quase 18 meses. No entanto, a usina ainda contém grandes quantidades de combustível nuclear que devem ser mantidos adequadamente refrigerados.

Grossi será acompanhado por um grupo de especialistas da Aiea que substituirão esta semana a atual equipe da agência presente no local. Será a 16ª equipe da Missão de Apoio e Assistência da Aiea a Zaporizhzhya desde que foi criada em 1 de setembro de 2022.

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