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País tem hoje Dia de Mobilização para Combate ao Aedes aegypti

13 Fev 2016 - 08h00
Ministros durante reunião preparatória para o chamado Dia da Faxina, que acontece hoje. - Crédito: Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência BrasilMinistros durante reunião preparatória para o chamado Dia da Faxina, que acontece hoje. - Crédito: Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O governo federal promove neste sábado (13) o Dia Nacional de Mobilização para o Combate ao Aedes aegypti. A ideia é mobilizar famílias no combate ao mosquito transmissor do Zika, que também é vetor da dengue e da chikungunya. Três milhões de famílias deverão ser visitadas em suas casas, em 350 municípios.


Para isso, a presidente Dilma Rousseff determinou o deslocamento de seus ministros a vários estados a fim de participar ativamente da mobilização, conversando com prefeitos, governadores e batendo nas portas das casas. Os destinos de alguns membros do primeiro escalão foram definidos anteontem, como os do titular da Saúde, Marcelo Castro, que seguirá para Salvador, e do chefe da Casa Civil, ministro Jaques Wagner, que irá a São Luís.


O ministro da Cultura, Juca Ferreira, irá para Aracaju; a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, visitará o Recife; o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, participará da ação em Maceió, e Ricardo Berzoini, titular da Secretaria de Governo da Presidência da República, viajará a Manaus.


O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, por sua vez, irá a São Paulo. Ele vai se encontrar com o governador do estado, Geraldo Alckmin, em Campinas. “Estaremos presente nos estados. Acho que a presença dos ministros é um testemunho do compromisso e do esforço do governo federal para a contenção do mosquito e dos males que ele causa”, afirmou Rebelo.


As Forças Armadas deslocaram cerca de 220 mil militares para a ação. Eles vão acompanhar os agentes de saúde no trabalho de conscientização, casa a casa. Foram usados dois critérios para definir as cidades que serão visitadas na campanha; municípios com a presença de unidades militares e os com maior incidência do mosquito Aedes aegypit, conforme dados do Ministério da Saúde.


“A campanha é de mobilização, de convocar a população a fazer parte do esforço de combate ao mosquito e essa mobilização terá que ser feita de casa em casa. Nosso propósito é alcançar pelo menos 3 milhões de domicílios e distribuir pelo menos 4 milhões de folhetos neste sábado”, acrescentou Aldo Rebelo.

Repercussão


O governo federal quer fazer com que a mobilização nacional de combate ao mosquito Aedes aegypti, hoje (13), seja também uma “medida de impacto” e tenha repercussão em todo o país. O objetivo é fazer com que a sociedade se sensibilize com o tema e ajude a eliminar os criadouros do inseto transmissor do vírus Zika.


Após coordenar, quinta-feira (11), mais um encontro preparatório para o chamado Dia da Faxina, o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, ligou para o vice-presidente Michel Temer, convidando-o a participar das mobilizações. Desde a semana passada, todos os ministros do governo foram convocados pela presidente Dilma Rousseff para viajar a capitais e cidades de grande porte.


Após o telefonema de Wagner, ficou decidido que Temer vai para Curitiba. Mais de quinze ministros participaram do encontro no Palácio do Planalto, além de secretários e representantes de órgãos federais. Durante a reunião, o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, disse que o governo vai precisar da ajuda das equipes dos ministérios para que a visita de conscientização dos cerca de 220 mil militares a mais de 300 municípios seja também uma “ação de comunicação”.


As autoridades foram informadas de que os materiais impressos estariam prontos até ontem (12) e que chegariam a todos os cantos do país por meio dos Correios. Edinho Silva também pediu aos ministros que dêem entrevistas durante as vistorias para que a ação seja veiculada na imprensa.


De acordo com o ministro da Saúde, Marcelo Castro, o ato será “simbólico”. Além da distribuição de panfletos, porém, os membros do primeiro escalão do governo poderão visitar casas ao lado dos governadores dos estados, de prefeitos e de agentes de combate às endemias. Castro disse que a estimativa da Organização Mundial da Saúde é de que quatro milhões de pessoas estejam contaminadas pelo Zika em todos os países das Américas, com exceção do Canadá e do Chile, que têm climas mais frios.


“A recomendação é que a gente visite algumas residências e demostre o interesse da gente de fazer o trabalho, para ficar como exemplo. Mas é importante também que a gente visite hospitais e as salas de coordenação e controle nos estados”, afirmouo ministro, em entrevista a jornalistas após o encontro. Segundo Marcelo Castro, o governo quer que, a partir da mobilização, cada pessoa faça o “sábado da faxina” com o intuito de, semanalmente, verificar os possíveis focos do mosquito e destrui-los.


Para o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, é importante que os próprios ministros batam de “porta em porta” e busquem conscientizar a população sobre os riscos da epidemia. Marcelo Castro informou que, além dos militares, a ação vai contar com a presença de 46 mil agentes de combate às endemias, mais de 266 mil agentes comunitários de saúde, além de governadores, forças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.

Emergência internacional


No início do mês, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência internacional de saúde pública em virtude do aumento de casos de microcefalia associados à contaminação pelo vírus Zika. A situação é preocupante, segundo a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, por causa de fatores como a ausência de imunidade entre a população, a falta de vacinas, tratamentos específicos e testes de diagnóstico rápidom além da possibilidade de disseminação global da doença.


Transmitido pelo Aedes aegypiti, o mesmo transmissor da dengue e da chikungunya, o Zika provoca dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos. A grande preocupação, no entanto, é a relação entre o Zika e a ocorrência de microcefalia.

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