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Nos 30 anos do genocídio do Ruanda, ONU desencoraja bases que promovem ódio

Secretário-geral defende que haja garantia de que os atos que começaram em 7 de abril de 1994 nunca serão esquecidos e nem se repitam

07 Abr 2024 - 17h30Por ONU News
Apelo do secretário-geral da ONU é que as vítimas do massacre nunca sejam esquecidas em nenhum lugar do mundo - Crédito: ONU/Violaine MartinApelo do secretário-geral da ONU é que as vítimas do massacre nunca sejam esquecidas em nenhum lugar do mundo - Crédito: ONU/Violaine Martin

Neste 7 de abril é assinalado o 30º aniversário do genocídio de 1994 contra os tutsis no Ruanda. Em 100 dias, quase 1 milhão de pessoas foram mortas, sendo que a grande maioria era da etnia tutsi, e alguns hutus, twa ou opositores do genocídio.

Para a série de cerimônias deste ano, a mensagem do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, realça que é preciso união contra todas as formas de ódio e discriminação.

Sombra do colonialismo

António Guterres defende que pode ser traçada uma linha reta entre o massacre que foi “inflamado por tensões étnicas” e pela longa sombra do colonialismo.

Chefe de direitos humanos pediu mais esforços para  que os suspeitos dos crimes que ainda vivem sejam conduzidos à justiçaChefe de direitos humanos pediu mais esforços para que os suspeitos dos crimes que ainda vivem sejam conduzidos à justiça - Foto - ONU/Violaine Martin

 

Para o líder das Nações Unidas, os impulsos mais sombrios da humanidade estão sendo novamente “despertados pelas vozes do extremismo, da divisão e do ódio”.

Ele afirmou que se deve garantir que os atos que iniciaram em 7 de abril de 1994 nunca sejam esquecidos e nem se repitam.

O apelo do secretário-geral é que as vítimas do massacre nunca sejam esquecidas em nenhum lugar do mundo.

Justiça, unidade e reconciliação

Uma mensagem do alto comissário para os Direitos Humanos sobre a data saúda   várias centenas de milhares de sobreviventes pela sua bravura. Para Volker Turk, a  busca pela justiça, unidade e reconciliação por décadas deverá inspirar a todos.

Monumento em memória do genocídio de 1994 contra os tutsis em Ruanda no complexo das Nações Unidas em GenebraMonumento em memória do genocídio de 1994 contra os tutsis em Ruanda no complexo das Nações Unidas em Genebra - Foto: ONU/Violaine Martin

 

O chefe de direitos humanos pediu ainda que todos os países redobrem seus esforços para  que os suspeitos dos crimes que ainda vivem sejam conduzidos à justiça através da jurisdição universal.

A mensagem ressalta que a adoção de medidas como combate ao discurso de ódio ou incitamento à prática do genocídio devem ser priorizadas, bem como o combate à discriminação.

Turk pede que os eventos de Ruanda despertem a consciência da humanidade para sempre e sejam “um lembrete constante da necessidade de fazer tudo o que estiver ao alcance para prevenir o crime de genocídio em todo o mundo.”

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