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Gaza: cessar-fogo "absolutamente imprescindível" já devia ter acontecido, diz Portugal

Chefe da diplomacia portuguesa assinala a "gravidade" de uma situação global marcada pelo emergir de vários conflitos na Europa e África

01 Mar 2024 - 22h00Por ONU News
Chefe da diplomacia portuguesa, João Cravinho, destacou que faltam avanços e persiste a violação do direito internacional - Crédito: ONU NewsChefe da diplomacia portuguesa, João Cravinho, destacou que faltam avanços e persiste a violação do direito internacional - Crédito: ONU News

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, João Cravinho, reuniu-se em Nova Iorque com o secretário-geral da ONU, António Guterres, para abordar o impacto de conflitos em todo o globo.

Antes de regressar a Lisboa, nesta sexta-feira, o chefe da diplomacia portuguesa destacou que faltam avanços e persiste a violação do direito internacional. 

30 mil pessoas perderam a vida na Faixa de Gaza

João Cravinho disse à ONU News que a atual situação do conflito entre Israel e o Hamas é a mais gritante em meio a um cenário global que considera muito grave. Mais de 30 mil pessoas perderam a vida na Faixa de Gaza desde o início dos ataques do Hamas e retaliações de forças israelenses, em 7 de outubro.

“Infelizmente, o tema são as situações dramáticas que nós estamos a ver em várias partes do mundo e, obviamente, estamos todos cada vez mais preocupados com a situação no Médio Oriente e com aquilo que se passa em Gaza e com perspectivas extremamente desoladoras para a população de Gaza.  Em nossa opinião, um cessar-fogo é absolutamente imprescindível. Já é ontem que esse cessar-fogo devia ter acontecido. Por outro lado, vivemos num quadro em que os principais pilares da própria carta das Nações Unidas estão a ser violados por um membro-permanente do Conselho de Segurança na Ucrânia. Vemos nas diferentes partes do globo, muito em particular no continente africano, focos de conflitualidade e de instabilidade.”

Manutenção da ordem internacional

Na África, Cravinho apontou as realidades no Sahel, no Sudão, na Etiópia e nos Grandes Lagos como as mais preocupantes. Ele destacou que é particularmente grave “assistir a um desenlaçamento da ordem internacional”.

Para o ministro de Portugal, a invasão na Ucrânia “sai caro a todo o mundo”. Ele reiterou os apelos de Guterres no sentido de promover o “silêncio das armas” e em favor do diálogo para resolver disputas.

O edifício 24/1 na rodovia Gostomel é um símbolo da indestrutibilidade de Irpin, UcrâniaO edifício 24/1 na rodovia Gostomel é um símbolo da indestrutibilidade de Irpin, Ucrânia - Foto: ONU News/Anna Radomska

 

“A ordem internacional é algo que interessa a todos. Qualquer que seja o tamanho, a capacidade e o poder de um país e das suas populações, aquilo que interessa a todos é que haja regras, que haja um comportamento consentâneo com a ordem internacional e com a resolução de disputas por via a pacífica. Quando a ordem internacional vai perdendo forma e sua capacidade de se impor, o que é natural é que surjam cada vez mais conflitos e casos em que se procurem resolver situações por via da força. É muito preocupante a situação atual.”

Portugal acolhe cerca de 60 mil cidadãos ucranianos que vivem sob proteção temporária num processo que termina neste março. A crise de refugiados na Europa na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia é considerada a pior desde a Segunda Guerra Mundial.

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