O sonho de Thérèse é se tornar governadora da província de Tanganica. Ela está sentada em uma sala de aula recém-construída na escola primária Lubile, na província de Tanganyika, graças ao Unicef e Education Cannot Wait - Crédito: UNICEF/Josué Mulala
As Nações Unidas marcam, neste 15 de julho, o Dia Mundial das Competências da Juventude. Com o tema “Capacitar professores, formadores e jovens para um futuro transformador”, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirma que a data reforça o papel dos professores estão na vanguarda desse grande esforço global.
Em mensagem, Guterres defende que os profissionais da educação tenham oportunidades de formação e desenvolvimento para ajudar os jovens a fazer a transição da escola para o mercado de trabalho.
Serão necessários mais 24,4 milhões de professores no ensino primário e cerca de 44,4 milhões de docentes no nível secundário para alcançar a educação básica universal até 2030 - Foto: © Unicef/Giacomo Pirozzi
Investir nos professores
Para o secretário-geral, é necessário aumentar drasticamente o investimento em sistemas e tecnologias de educação e treinamento em todo o mundo, para que os professores possam oferecer aprendizado inclusivo e flexível para os jovens.
O chefe da ONU ressalta que o futuro da humanidade depende da energia, ideias e contribuições ilimitadas dos jovens.
Assim, ele faz um apelo por mais apoio aos professores para que eles possam levar aos jovens educação e habilidades necessárias para moldar um futuro melhor e mais sustentável.
Desenvolver habilidades
Em 2014, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou 15 de julho como o Dia Mundial das Habilidades da Juventude.
A data celebra a importância estratégica de equipar os jovens com habilidades para conseguirem emprego, trabalho decente e serem capazes de empreender.
Este ano, a ONU destaca o papel essencial que os educadores desempenham na construção de habilidades para os jovens fazerem a transição para o mercado de trabalho e se envolverem ativamente em suas comunidades e sociedades.
As Nações Unidas ressaltam que os avanços tecnológicos e as mudanças na dinâmica do mercado de trabalho exigem cada vez mais conjuntos de habilidades ágeis e adaptáveis. Assim, é crucial que empoderemos os jovens para navegar por essas mudanças de forma eficaz.
Professor em escola primária na cidade de Herat, Afeganistão - Foto: © UNICEF/Sayed Bidel
Curiosidades
Segundo estimativas da ONU, 600 milhões de empregos teriam que ser criados nos próximos 15 anos para atender às necessidades de emprego dos jovens.
Estima-se que o número total global de jovens desempregados tenha chegado a 73 milhões em 2022, uma pequena melhora em relação a 2021, mas ainda 6 milhões acima do nível pré-pandêmico de 2019.
A parcela de jovens sem emprego, educação ou treinamento em 2020, último ano para o qual há uma estimativa global disponível, aumentou para 23,3%. O número representa um aumento de 1,5% em relação ao ano anterior e um nível nunca visto em pelo menos 15 anos.
A população jovem crescerá mais de 78 milhões entre 2021 e 2030. Os países de baixa renda serão responsáveis por quase metade desse aumento. A ONU alerta que os sistemas de educação e formação devem responder a este desafio.
Outros 8,4 milhões de empregos para jovens poderiam ser criados até 2030 por meio da implementação de medidas políticas verdes e azuis.
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