
Hoare, que tinha 47 anos, foi encontrado morto na última segunda-feira em sua casa em Watford, a 30 km de Londres.
Ele foi o responsável por muitas das acusações feitas contra o ex-editor do jornal Andy Coulson, de que ele supostamente incentivava os funcionários a interceptar mensagens de celular de políticos e celebridades para obter informações exclusivas para reportagens.
A polícia afirmou que o corpo de Hoare foi encontrado pela manhã e que ainda estava investigando as causas de sua morte, mas que não considerava o caso suspeito.
Notícia falsa
Também nesta terça-feira, hackers invadiram e alteraram o site do jornal 'The Sun', que assim como o 'News of the World' faz parte do grupo de mídia News International, de propriedade do magnata australiano Rupert Murdoch.
Na página inicial do site, foi colocada uma notícia falsa que dizia que Murdoch havia sido encontrado morto em seu jardim.
O grupo Lulz Security, responsável por ataques recentes a empresas de jogos eletrônicos e a sites dos governos britânico e americano, assumiu a responsabilidade pela falsificação em seu perfil no Twitter.
Os visitantes do site do 'The Sun' eram redirecionados para a página de Twitter do grupo.
A News International disse que 'sabia' o que estava acontecendo, mas a empresa não fez mais comentários.
Escutas endêmicas
Segundo um porta-voz da polícia local, a morte de Sean Hoare está sendo tratada até o momento como 'sem explicação'. O corpo do ex-jornalista ainda não foi formalmente identificado.
Desde que o caso dos grampos veio à tona, Hoare deu entrevistas detalhando a conduta profissional no 'News of the World'.
Ao programa da BBC Panorama, ele disse que as escutas telefônicas eram 'endêmicas' no jornal e afirmou ainda que Coulson havia lhe pedido para colocar escutas em telefones.
Coulson, que nega as acusações, ocupou o cargo de porta-voz do primeiro-ministro britânico, David Cameron, até janeiro, quando pediu demissão diante do escândalo.
Em uma entrevista ao jornal 'New York Times', Hoare afirmou que a conduta ilegal era muito mais comum no 'News of the World' do que a direção do jornal admitiu quando começaram as investigações.
Renúncias
O News of the World, que teve sua última edição publicada no dia 10, é acusado de ter tido acesso ilegalmente a mensagens de celulares de mais de 4 mil pessoas.
Em um dos últimos desdobramentos do caso, o comissário assistente da polícia metropolitana de Londres, John Yates, deixou o cargo em meio à pressão por explicações sobre sua ligação com um ex-jornalista da publicação, Neil Wallis.
Wallis foi preso e liberado após pagar fiança na última quinta-feira. Ele é suspeito de conspiração para interceptar conversas e mensagens telefônicas.
O chefe da polícia metropolitana e o mais alto oficial de polícia da Grã-Bretanha, Paul Stephenson, renunciou no domingo, após enfrentar críticas por ter contratado Neil Wallis como relações públicas.
Nesta segunda-feira, descobriu-se que outro ex-editor do 'News of the World' trabalhou para a Scotland Yard como intérprete, interrogando testemunhas e suspeitos, enquanto era empregado do jornal.
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