O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou uma explosão que afetou uma patrulha do Grupo de Observadores no Líbano. Três militares da Organização de Supervisão da Trégua das Nações Unidas e um assistente linguístico nacional ficaram feridos no ato ocorrido no sábado.
Enquanto a Força Interina das Nações Unidas no Líbano, Unifil, realiza investigações do incidente, o líder das Nações Unidas reiterou que “a segurança das forças de manutenção da paz deve ser garantida em todos os momentos”.
Tratamento médico
De acordo com a ONU, as vítimas do incidente de sábado foram transferidas para receber tratamento médico. Segundo a Agência Nacional de Notícias libanesa, as forças de paz teriam sido “sujeitas a um ataque israelense” realizado por drones.
No entanto, o porta-voz das Forças de Defesa Israelenses, IDF, Avichay Adraee, informou que elas não tiveram nenhum veículo da Unifil como alvo na área de Rmeish onde o ato aconteceu.
Unifil apoia o governo libanês em ações de proteção das fronteiras do país - Foto: Unifil
O Grupo de Observadores do Líbano apoia a implementação do mandato da Unifil em funções que incluem o monitoramento do fim dos confrontos e o apoio ao acesso humanitário para as populações civis. Outra responsabilidade é apoiar o governo libanês em ações de proteção das fronteiras do país.
Em comunicado lançado após o incidente, o porta-voz do Unifil, Andrea Tenenti, sublinhou a “responsabilidade de todos os intervenientes no conflito, ao abrigo do direito internacional, em garantir a proteção dos não combatentes”.
A operação fez ainda um pedido pelo fim de intensas trocas de tiros “antes que mais pessoas sejam feridas desnecessariamente”.
Situação cada vez mais tensa no sul do Líbano
O Unifil sublinhou que após os ataques do Hamas a Israel, em 7 de outubro, a situação no sul do Líbano tornou-se cada vez mais tensa. Na área assistem-se a bombardeios mais adentro dos limites de fronteira, o que “poderia potencialmente desencadear um conflito muito mais amplo”.
Dois dias antes da explosão, a Unifil revelou sua preocupação com uma “onda de violência” que ocorre através da Linha Azul. A situação causou um “elevado número de civis e a destruição de casas e meios de subsistência”.
A força apelou por um cessar-fogo e solicitou a todas as partes no conflito que iniciem o processo rumo a uma solução política e diplomática sustentável.