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Covid-19: Cães conseguem farejar a infecção em humanos pelo suor com taxa de acerto de 96,4%

14 Mai 2022 - 08h15Por Extra Gloobo
caes poderiam ser usados para identificar pessoas infectadas em-escolas e hospitais e reduzir a propagacao da infecção - Crédito: Pixabaycaes poderiam ser usados para identificar pessoas infectadas em-escolas e hospitais e reduzir a propagacao da infecção - Crédito: Pixabay

Um estudo recente publicado ne revista Open Forum Infectious Diseases Journal mostrou que cães conseguem detectar pessoas infectadas pelo novo coronavírus com 96,4% de precisão, por meio do cheiro do suor. De acordo com os pesquisadores do Assistance Dogs of Hawai e do The Queen’s Medical Center, os resultados indicam que cães de detecção médica poderiam ser um método seguro, não invasivo, barato e eficiente para diagnosticar a doença em escolas e hospitais e reduzir a propagação da infecção.

No estudo, a equipe examinou a capacidade dos cães de detecção médica de distinguir amostras de suor positivas para SARS-CoV-2 de amostras de suor negativas para SARS-CoV-2. O vírus causa alterações metabólicas no organismo que resultam na produção de compostos orgânicos voláteis excretados pela respiração e pelo suor de uma pessoa, produzindo um cheiro que cães treinados podem detectar.
A população do estudo incluiu amostras de 584 indivíduos (internados e ambulatoriais) com idades entre 6 e 97 anos, que haviam feito um teste RT-PCR. Destas, 141 amostras haviam testado positivo para Covid-19. as outras 443 que tiveram resultado negativo foram usadas como controle. As amostras foram coletadas de diferentes locais para garantir que os cães não fossem condicionados aos ambientes de coleta de amostras.

Três Labradores e um Golden Retriever foram treinados no campus de cães de assistência do Havaí para alertar quando sentissem o cheiro da Covid-19. Amostras de suor foram transferidas de almofadas de algodão para copos de amostras estéreis e colocadas separadamente em caixas de detecção de cheiro. As caixas foram adequadamente espaçadas umas das outras, e o tamanho dos copos de amostras dentro das caixas garantiu que as amostras não fossem alcançadas pela boca ou nariz do cão.

Primeiro, os cães foram treinados para identificar amostras positivas e depois distinguir amostras positivas de controles. A cada vez que eles detectavam uma amostra positiva para Covid-19, o cão deveria sentar ou colocar a pata em cima dela. Para amostras negativas, isso não deveria ocorrer. Os cães eram recompensados com comida a cada acerto. As respostas caninas foram comparadas com resultados de laboratório e pontuadas para precisão.

No geral, os cães detectaram amostras positivas para SARS-CoV-2 com sensibilidade e especificidade de 0,98 e 0,92, respectivamente. A sensibilidade é definida como a capacidade em identificar uma pessoa verdadeiramente doente, dentre outras que apresentam apenas a suspeita da doença. Já a especificidade é definida como a capacidade de apresentar um resultado negativo em indivíduos que não possuem a doença.

Por fim, os pesquisadores realizaram um estudo piloto para determinar a aplicabilidade da detecção da doença por cães em ambiente hospitalar. Nessa etapa, um dos três labradores examinou amostras de pacientes em um quarto de hospital. O cão examinou 153 novas amostras cujos resultados do teste de PCR estavam pendentes. As respostas do cão foram registradas e posteriormente comparadas com os resultados do exame. O cão demonstrou sensibilidade de 96,4% e especificidade de 100%.

"A olfação canina é um método preciso e viável para o diagnóstico de SARS-CoV-2, incluindo indivíduos infectados assintomáticos e pré-sintomáticos", concluíram os autores.

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