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Léo Veras

Jornalista é executado com 12 tiros na fronteira

13 Fev 2020 - 06h05Por Flávio Verão
jornalista tinha dupla nacionalidade - Crédito: Reprodução/Domingo Espetacularjornalista tinha dupla nacionalidade - Crédito: Reprodução/Domingo Espetacular

O Jornalista brasileiro Lourenço Veras, o Léo Veras, proprietário do site Porã News.com, foi executado com 12 tiros na noite desta quarta-feira (12).

Ele estava em sua casa no bairro Jardim Aurora, na cidade de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, quando pistoleiros chegaram e efetuaram os disparos.

Conforme o site Ponta Porã Informa, o Comissário Rodolfo Nunes, da Policia Nacional do Paraguai, informou que Léo jantava em companhia de familiares, na mesa, quando três homens com capuz invadiram a casa e efeturam vários tiros contra o jornalista.

Léo chegou a ser socorrido até o hospital Viva Vida, de Pedro Juan Caballero, mas não resistiu e morreu logo após dar entrada na unidade.

O jornalista, que tinha dupla nacionalidade, era bastante conhecido e referência em reportagens policiais na linha de fronteira. Recentemente ele concedeu entrevista à emissora Record, em uma matéria especial a respeito do tráfico de drogas e violência na fronteira.

Na reportagem, Léo disse que já havia recebido várias ameças de morte e que mensagens enviadas a ele era para que "fechasse a boca".

Nota do Sindicato

Ao lamentar e repudiar o atentado contra o jornalista Léo Veras (Lourenço Veras), na noite desta quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020, em Pedro Juan Caballero (Paraguai), a diretoria do Sinjorgran (Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Região da Grande Dourados) ressalta que esse golpe brutal atingiu também todos os profissionais da comunicação que atuam na fronteira Brasil-Paraguai, escancarando mais uma vez a insegurança vivida por quem pratica o jornalismo na região.

Nada justifica a violência contra jornalistas e é de suma importância que esse crime seja solucionado o mais rápido possível pelas autoridades paraguaias, já que a impunidade é mais uma forma de ferir o exercício livre da comunicação.

Diante dessa tragédia, o Sindicato lembra que há 8 anos, em Ponta Porã (MS), cidade brasileira que faz divisa com Pedro Juan Caballero, o jornalista Paulo Rocaro foi assassinado, em 13 de fevereiro de 2012. Segundo a investigação feita pela polícia brasileira na época, ele teria sido vítima de um crime político.

Agora no velório de Léo Veras estarão praticamente os mesmos colegas que sepultaram o corpo de Paulo Rocaro. Por isso, o Sindicato cobra segurança e justiça e afirma sua solidariedade aos familiares de Léo Veras e a todos os comunicadores de Pedro Juan Caballero e de Ponta Porã.

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