
Campo Grande - Os principais líderes do PT começaram a traçar planos a fim de escolher os candidatos a prefeito do partido na Capital e no interior sem a necessidade da realização de consultas prévias visando às eleições de 2012 em Mato Grosso do Sul.
Na verdade, o fim das prévias é um debate que está sendo amadurecido pelo comando nacional petista que deseja promover alterações no estatuto do partido, permitindo o fim das consultas internas.
Particularmente, o senador Delcídio do Amaral é favorável a esse critério, observando que às prévias sempre deixam rusgas, cicatrizes nos quadros partidários após o resultado.
Pré-candidato do PT à sucessão do governador André Puccinelli (PMDB) em 2014, Delcídio acredita que esse tipo de escolha democrática interna não ocorrerá nos principais redutos eleitorais do Estado.
Com a eventual alteração nas regras estatutárias, o PT pretende escolher seus candidatos por meio de pesquisas qualitativas e quantitativas, critério utilizado há anos pelo PMDB do prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad, e do governador André Puccinelli.
“Nós estamos procurando evitar as prévias, porque prévia a gente já sabe o resultado, sempre ficam cicatrizes", previu o senador durante entrevista segunda-feira em Corumbá.
Ele adianta que o PT se articula no sentido de costurar acordos visando à disputa pelas prefeituras do ano que vem e solidificar ainda mais seu projeto em torno das eleições para o governo de Mato Grosso do Sul em 2014.
Apesar de terem saído fragilizados do último pleito, quando o ex-governador Zeca do PT amargou derrota no primeiro turno para André Puccinelli, os petistas nutrem esperança em eleger bom número de prefeitos e vereadores em 2012, mesmo tendo de enfrentar a máquina pesada governamental administrada pelo PMDB.
A ideia do comando partidário é lançar candidato próprio na maioria das cidades e, se for o caso, ceder a cabeça de chapa para aliados, dependendo dos entendimentos políticos de ocasião.
Na prática, Delcídio sabe que quanto maior for o número de prefeitos e vereadores eleitos em 2012, maior será sua chance de conquistar o governo em 2014.
Atualmente, o PT comanda as prefeituras de Bataguassu, Bela Vista, Corumbá, Dois Irmãos do Buriti, Itaquiraí, Japorã, Ladário, Nova Alvorada do Sul, Rio Negro e Santa Rita do Pardo.
O principal foco dos petistas é a prefeitura de Corumbá, onde o partido trabalha para eleger o deputado estadual Paulo Duarte sucessor do prefeito Ruiter Cunha.
CAMPO GRANDE
Na Capital, onde o PMDB é hegemônico, o PT tem como alternativas os nomes do ex-governador Zeca do PT, o deputado federal Vander Loubet, o deputado estadual Pedro Kemp e o ex-deputado estadual Pedro Teruel.
Na entrevista, Delcídio voltou a negar o desejo de concorrer à sucessão de Nelsinho Trad.
Há dias, em entrevista na Capital, o presidente regional do PT, Marcus Garcia, disse que o nome do PT para a prefeitura de Campo Grande só será anunciado no fim do ano, após serem avaliados os quatro pré-candidatos por meio de pesquisas qualitativa e quantitativas.
Se o projeto prosperar, os petistas vão enfrentar um dos candidatos a ser indicado pelo PMDB, entre o vice-prefeito Edil Albuquerque, o secretário de Habitação do Estado, Carlos Marun, e o presidente da Câmara de Vereadores, Paulo Siufi.
O PSDB planeja oficializar a candidatura do deputado federal Reinaldo Azambuja, presidente regional da legenda, enquanto DEM e PPS, trabalham com a possibilidade de indicar o deputado federal Luiz Henrique Mandetta e o vereador Athayde Nery, respectivamente.
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