Deputados Onevan, Correa, Mara, Maruinhos e Kemp durante reunião da CPI. - Crédito: Foto: Divulgação
O procurador Marco Antônio Delfino e o produtor rural Raul das Neves serão os próximos a serem ouvidos pela CPI do Cimi (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga se o Conselho Indigenista Missionário é culpado por incitar e financiar invasões de terras particulares em Mato Grosso do Sul.A oitiva acontece nesta terça-feira (17), a partir das 14h, no plenário Júlio Maia, da Assembleia Legislativa.
Raul é produtor rural da cidade de Rio Brilhante e sua propriedade faz divisa com a Fazenda Santo Antônio, invadida desde 2008.
Apesar estar com sua propriedade invadida, a fazenda serve como “corredor de passagem” para os indígenas acampados na fazenda vizinha, fato que tem gerado inúmeros problemas ao produtor e que permitiu que ele presenciasse diversas movimentações do CIMI na comunidade.
Até agora, 13 pessoas foram ouvidas pela CPI do Cimi. Na semana passada, prestou depoimento o desembargador Alcir Gursen de Miranda, que tratou da questão da demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol.
A CPI do Cimi é presidida pela deputada estadual Mara Caseiro (PTdoB). Integram ainda o colegiado o relator, Paulo Corrêa (PR), o vice-presidente, Marquinhos Trad (PMDB), e os membros Pedro Kemp (PT) e Onevan de Matos (PSDB).
São suplentes os deputados Beto Pereira (PDT), Márcio Fernandes (PTdoB), Ângelo Guerreiro (PSDB), João Grandão (PT) e Antonieta Amorim (PMDB).
Instalação
A CPI do Cimi foi instalada no dia 29 de setembro. A primeira reunião aconteceu no dia 30, quando foram eleitos o presidente, o vice e o relator da comissão.
“O que nós queremos é investigar toda e qualquer denúncia que nos chegar com relação às invasões, e nós vamos apurar os fatos com absoluta imparcialidade, assegurando ampla defesa de todos que serão ouvidos”, comentou Mara Caseiro durante a primeira reunião da comissão.
Na opinião da deputada, a CPI será de grande utilidade para trazer à tona a verdade e revelar “qual o intuito das pessoas que entram nas comunidades indígenas falando que querem melhorar a qualidade de vida, mas levam essas pessoas ao confronto, buscando colocar a vida delas em risco, principalmente de mulheres e de crianças”.