Puccinelli discursa ao lado de Júnior Mochi, Waldemir Moka e Simone Tebet. - Crédito: Foto: Divulgação
O PMDB reconduziu na manhã de ontem (26) o deputado estadual Júnior Mochi à presidência da Executiva Regional e mandou um recado aos adversários: o partido terá candidato para vencer em Campo Grande. O próprio Mochi, que é presidente da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, puxou o coro entre as lideranças do partido favoráveis à candidatura na Capital.
Além da Capital, o dirigente manifestou o interesse do grupo político em eleger 29 prefeitos nos demais municípios do Estado, superando desta forma as 18 prefeituras que comanda atualmente.
Um dos focos, segundo Mogi, é eleger o deputado federal Geraldo Resende à sucessão do prefeito de Dourados, Murilo Zauith (PSB). No sábado, as principais lideranças do PMDB foram até o município reconduzir Resende ao comando municipal.
O ato político, no entanto, não contou com a presença do deputado estadual Marquinhos Trad, visto como favorito na corrida sucessória no maior colégio eleitoral de Mato Grosso do Sul.
Dissidente do partido, Marquinhos deseja postular o cargo por outro grupo político. O PSD do ministro das Cidades, Gilberto Kassab, é uma das alternativas.
Entre outras opções, o nome do deputado federal Carlos Marun também é lembrado dentro do partido, embora com densidade eleitoral considerada fraca, conforme analistas políticos.
Presente ao evento, o ex-governador André Puccinelli foi citado por correligionários como o melhor nome do partido para disputar a cadeira ocupada pelo prefeito Alcides Bernal (PP).
Há dias, interlocutores do partido confidenciaram ao site Conjuntura Online que o provável candidato à sucessão municipal de 2016 é André Puccinelli, que sempre desconversa quando questionado sobre seu desejo de concorrer mais uma vez à Prefeitura da Capital.
A cúpula partidária acredita que, diante da falta de um nome de peso para concorrer à sucessão de Bernal, André Puccinelli teria manifestado o desejo de entrar no páreo, tendo, inclusive, encomendado pesquisas de intenções de voto a fim de medir a sua densidade eleitoral.
Ele próprio acredita numa campanha bem-sucedida diante de um quadro complicado na Prefeitura, com sucessivos afastamentos do prefeito Bernal e do vice Gilmar Olarte (PP). Na esfera administrativa, os peemedebistas apostam no caos total até o fim do atual mandato para capitalizar politicamente nas eleições de outubro.
As principais lideranças peemedebistas veem no ex-governador a única possibilidade de o partido recuperar a Prefeitura da Capital, onde teve uma hegemonia de mais de 20 anos quebrada nas eleições de 2012, quando Bernal derrotou o ex-deputado federal Edson Giroto (PMDB), ex-secretário de Obras, no segundo turno.
Sempre que abordado pela imprensa a respeito das eleições municipais do ano que vem, André Puccinelli prefere citar outros nomes do partido como pré-candidato.
“Vai ser uma escolha do candidato e do diretório. Se for o Marun, se quiser que eu fale bem por ele, eu falo, se não quiser, fico quieto”, disse em entrevista na Capital, ao lado do deputado.