
Segundo o líder do DEM, deputado Pauderney Avelino (AM), esse comitê será formado por políticos de vários partidos, inclusive da base governista, e entidades da sociedade.
“Esse movimento se alastrará pelas ruas do Brasil, pelas praças. Vamos fazer movimentos pontuais, sem prejuízo das nossas ações no Congresso Nacional”, afirmou Avelino.
Ele participou de reunião entre os partidos de oposição na Câmara, com representantes do PPS, do PSDB, do PSB e do Solidariedade, além do DEM.
Os deputados pretendiam ler ainda ontem, no Plenário, um manifesto sobre as ações que serão tomadas pelo comitê pró-impeachment, que terá CNPJ e receberá doações.
A oposição também vai apoiar o protesto pró-impeachment convocado para 13 de março pelos movimentos Vem pra Rua e Brasil Livre.
Planalto afetado
Os parlamentares oposicionistas entendem que os fatos revelados na Operação Acarajé, deflagrada na segunda-feira (22) pela Polícia Federal, demonstram que a Lava Jato chegou ao Palácio do Planalto.
Na nova etapa da operação, foi expedido um mandado de prisão temporária do publicitário João Santana, que trabalhou nas campanhas eleitorais da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ambos do PT. Investigadores suspeitam que Santana tenha sido pago com dinheiro de propina relativa a contratos da Petrobras.
“A população não deseja mais ver a presidente Dilma governando o País depois do estelionato eleitoral. Diante disso, nós temos que apoiar os movimentos para que isso definitivamente tome conta do Congresso Nacional”, disse o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR).
Questionar o STF
Os oposicionistas anunciaram ainda que vão marcar uma reunião com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, para questionar a decisão da Corte de invalidar, em dezembro, a chapa avulsa adotada pela Câmara para formar a comissão que analisaria o pedido de impeachment da presidente Dilma.
Os deputados também querem agilidade do Supremo na análise dos embargos apresentados pela Mesa Diretora da Câmara, questionando o rito do impeachment.
Na avaliação do deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Congresso está parado em razão desse impasse. “Não podemos mais aceitar o Brasil completamente paralisado; a atividade industrial, parada; milhares de trabalhadores perdendo emprego; e o Congresso e o governo, paralisados. O Congresso está paralisado por causa da decisão do Supremo. Nós precisamos decidir e fazer andar, votar se tem impeachment ou não, para que o Brasil possa voltar a crescer”.
Votações
Na contramão da oposição, o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), defendeu que as investigações da Polícia Federal em andamento não impeçam o avanço das votações no Congresso. “Queremos votar as matérias de interesse do País”, declarou ontem (23).
Guimarães disse também estar seguro de não ter havido dinheiro de caixa dois na campanha presidencial de Dilma Rousseff. “Estou seguro que a campanha da Dilma não fez uso desses desvios. A do candidato adversário também recebeu dinheiro. Nós queremos que o TSE [Tribunal Superior Eleitoral] apure se houve ou não caixa dois e dinheiro desviado na campanha do candidato adversário”.
Pauta
O governo trabalha pela votação nesta semana de principalmente duas propostas: a que regulamenta o teto do funcionalismo público (PL 3123/15) e a que tipifica o crime de terrorismo (PL 2016/15). Os dois projetos foram apresentados pelo Poder Executivo e estão com prazo de urgência constitucional vencido, impedindo que outras matérias sejam votadas antes deles.
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