Entre os mais pobres, 25% veem a corrupção como principal problema e 15% citam o desemprego. Na parcela dos mais ricos, a corrupção alcança 49%, e o desemprego cai para 4%. Na região Nordeste, 25% apontam a corrupção como principal problema, e depois aparecem saúde (15%), violência/segurança pública (13%) e desemprego (12%) No Sul, a parcela dos que apontam corrupção é a mais alta entre as regiões: 43%.
Ao longo da série histórica do Datafolha sobre o tema, iniciada em junho de 1996, poucos problemas chegaram ao patamar de mais citado pelos brasileiros. Por dez anos entre 1996 e 2006, coube ao desemprego a liderança isolada de área mais problemática, tendo como ápice dezembro de 1999, quando era citada por 53%. Em março de 2007, o problema da violência e segurança pública atingiu o topo dessa agenda, mencionado por 31%, deixando para trás o desemprego (22%). Logo depois, cresceu a preocupação dos brasileiros com a área da saúde, que em dezembro de 2007 foi citada por 21% como a mais problemática do país, ao lado da violência e segurança pública (21%) e do desemprego (21%). Desde então, com exceção de março de 2009, quando desemprego e saúde apareciam no mesmo patamar, a área da saúde vinha sendo apontada isoladamente como a mais problemática do Brasil.
A má avaliação da gestão Dilma Rousseff reflete na opinião de 65% dos brasileiros que, consultados se o Congresso Nacional deveria ou não abrir um processe de impeachment para afastar a petista da Presidência, disseram que sim, deveria. Uma parcela de 30% acredita que o Congresso não deveria abrir um processo para afastar Dilma de seu cargo, e 5% não opinaram. Esses resultados mostram uma avaliação estável sobre o assunto entre os brasileiros: em agosto deste ano, 66% defendiam a abertura do processo para afastar Dilma, 28% eram contrários à ideia, e 5% preferiram não se posicionar.
Questionados se acreditam no afastamento de Dilma da Presidência, 56% avaliam que ela não será afastada, e os demais se dividem entre os que acreditam que será afastada (36%) e os que preferiram não opinar (7%). Neste caso, os resultados indicam ligeiras mudanças na comparação com o levantamento anterior, quando 53% opinaram que Dilma não seria afastada, 38%, que seria, e 9% não se manifestaram sobre o tema. A renúncia de Dilma também tem apoio majoritário entre a população: 62% acreditam que ela deveria renunciar a seu cargo, e para 34% ela não deveria renunciar. Uma parcela de 5% não opinou sobre o assunto.