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CPI do Cimi encerra oitivas de 2015 e altera dia de reunião

15 Dez 2015 - 07h00
“Não somos contrários à Igreja Católica, nem ao índio”, diz deputada Mara Caseiro. - Crédito: Foto: Wagner Guimarães/ALMS“Não somos contrários à Igreja Católica, nem ao índio”, diz deputada Mara Caseiro. - Crédito: Foto: Wagner Guimarães/ALMS
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para investigar a atuação do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) junto às comunidades indígenas em Mato Grosso do Sul encerrou ontem (14) as oitivas e reuniões referentes ao ano de 2015. A novidade para 2016 é que o dia de encontro da Comissão será alterado para toda quarta-feira, às 14h e não mais nas terças.


Até o dia 30 de dezembro a equipe técnica ainda estará em serviço dos trabalhos administrativos. De 1º de janeiro a 1º de fevereiro de 2016 a CPI está suspensa devido ao recesso parlamentar e o retorno das reuniões está marcado para o dia 3 de fevereiro, às 14h, no Plenário Júlio Maia.


“Todo nosso trabalho está sendo traçado em busca da verdade, pois a gente faz o que acredita, cada um com seu ponto de vista. Não somos contrários à Igreja Católica, nem ao índio. A questão é investigar o trabalho do Cimi e as denúncias sobre a incitação da violência no campo”, resumiu a presidente da CPI, deputada Mara Caseiro (PTdoB).


A CPI do Cimi também é composta ainda pelo vice-presidente, deputado Marquinhos Trad (PMDB), Paulo Corrêa (PR) como relator e os deputados Onevan de Matos (PSDB) e Pedro Kemp (PT) são membros.
“Quero finalizar o ano agradecendo os membros da CPI pelo excelente trabalho, à nossa equipe técnica, ao apoio da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa e ao Governo do Estado, em especial à Secretaria de Segurança Pública que muito nos ajudou com documentos e depoimentos”, ressaltou o relator Paulo Corrêa.
De acordo com o Regimento Interno da Assembleia, a CPI tem duração de 120 dias e já foi aprovado pelos membros na última reunião a prorrogação do prazo em mais 60 dias. No último encontro os depoentes foram o professor indígena Alberto França Dias, da aldeia Buriti, localizada no município de Dois Irmãos do Buriti e a produtora rural Roseli Maria Ruiz da Silva, da Fazenda Barra que fica em Antônio João.


Também prestaram depoimentos para a CPI do Cimi os jornalistas Lorenzo Carrasco e Nelson Barretto, estudiosos da área, os produtores rurais Vanth Vanni Filho, Mônica Alves Corrêa, José Raul das Neves, Roseli Maria Ruiz da Silva, Jucimara e Ricardo Bacha, os indígenas Dionedson Cândido, Inocêncio Pereira, Cacilda Pereira, Abélcio Fernandes e o professor Alberto França Dias, o ex-assessor jurídico do Cimi, Maucir Pauletti, o delegado Alcídio de Souza Araújo, da Polícia Federal, o procurador da República, Emerson Kalif Siqueira, o desembargador Alcir Gursen de Miranda e o administrador rural, Ramão Aparecido Evangelista dos Santos. E foi realizada a acareação entre o ex-assessor jurídico do Cimi, Maucir Pauletti e o delegado da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, André Matsushita. Em 2015 foram ouvidos pela CPI 22 depoentes dos 56 nomes aprovados pelos deputados.

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