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O fim de uma sociedade começa com a morte de seus valores

20 Nov 2015 - 08h34
O fim de uma sociedade começa com a morte de seus valores -



A sociedade europeia influenciou o mundo com seus valores, especialmente depois da revolução francesa, com a promulgação da liberdade, fraternidade e igualdade como parâmetros de uma nova maneira de conceber a vida.

Exatamente a França passa por transformações que pode deixar no passado este legado. Os dois atentados terroristas, 7 de janeiro e 13 de novembro de 2015 (dentre outros na Europa) que abalaram a nação faz pensar que esta sociedade, assim como toda a Europa, em breve deixarão de existir com seus valores democráticos tão caros e se tornarão uma nova configuração social, política e religiosa. A história pós Império Otomano e a divisão dos Estados no atual geopolítica do Oriente Médio, realizada por países como França e Inglaterra, não pode ser esquecida, e foi certamente um elemento complicador, mas não se pode dizer que isso, por si só fez surgir o terrorismo na região.

Na França, Bélgica e Holanda, por exemplo, a população islâmica cresce a passos largos, enquanto os cristãos diminuem numa proporção alarmante. A Europa foi constituída sobre valores cristãos, que são valores também culturais, se eles são renegados, execrados, abre-se um precedente para uma nova cultura, e é o que começa aparecer. Essa audácia terrorista tem suas bases dentro do velho continente, onde bairros em cidades como Paris, Bruxelas e Amsterdã, praticamente são povoados unicamente por muçulmanos tendo suas próprias leis, leis islâmicas.

Em duas décadas, continuando o abandono dos valores cristãos que, por exemplo, mantém uma política de controle de natalidade de 1.3 filhos por famílias entre os nativos, enquanto os muçulmanos têm 8.1 filhos por família, França, Alemanha, Holanda, Bélgica, serão países de maioria islâmica. Permitirão essas nações, uniões homossexuais? Igualdade de gêneros? Liberdade religiosa? Portanto, o problema de hoje não é só o avanço dos muçulmanos, mas a recusa destas sociedades de reconhecerem que precisam retomar valores que as constituíram como sociedades livres.

Na crise dos refugiados, nunca se noticiou a disponibilidade de países como Arábia Saudita, potência econômica e militar do Oriente Médio, Qatar, Emirados Árabes, em receber os que fogem do Estado Islâmico, uma vez que falam a mesma língua, têm a mesma religião e são economicamente bem organizados. Outro fato que impressiona é que, para demonstrar a não aceitação do terrorismo, os países árabes precisariam se manifestar veementemente com passeatas, pronunciamentos governamentais contra os atentados, assim como fazem quando morre um árabe nos territórios palestinos. Até agora não se ouviu um “pio” de condenação destes países sobre o ocorrido.

Tem outra questão enigmática nesse tabuleiro de guerrilha, os 70 mil cristãos mortos anualmente e outros milhares perseguidos por não serem muçulmanos, perseguição dos Estados de maioria muçulmana, a falta de liberdade religiosa, não escandaliza a sociedade mundial, como quando ocorre uma violência praticada por um ocidental, que por ventura pode ser membro de alguma organização criminosa que se diz cristã. Estes são imediatamente classificados como “grupos terroristas de direita”. É possível ou não medir a desproporcionalidade da violência? Então, por que não se denunciar tais episódios?

Ainda ouvi um (a) governante dizer, defendendo implicitamente os terroristas, que tais atentados ocorrem porque a pobreza gera a violência. Ora, acredito que sem pretender, afirmou que pobres são violentos. Esqueceu-se de analisar que os cristãos do Oriente Médio são cidadãos de terceira classe, são subjugados na maioria das nações, são pobres, e nem por isso são terroristas. O organizador dos atentados em Paris estudou em colégio particular e não era pobre.

A problemática, que nos últimos 20 anos tomou proporções inimagináveis, vem sendo gestada há tempos, debelá-la exigirá coragem para enfrentar as suas reais causas. Ainda existem muitas perguntas a serem respondidas.

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