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Deficiência hormonal atrasa menstruação

17 Abr 2011 - 06h40
Deficiência hormonal atrasa menstruação -
A deficiência de leptina contribui para a ausência de menstruação em mulheres com índices extremamente baixos de gordura corporal, mas uma forma sintética do hormônio pode normalizar tanto os ciclos menstruais quanto a fertilidade, é o que mostra um novo estudo americano.

Índices extremamente baixos de gordura corporal podem ocorrer em mulheres frequentemente ativas, como corredoras e dançarinas, e também naquelas que sofrem de distúrbios alimentares. Tais mulheres estão propensas a desenvolver amenorreia hipotalâmica, termo médico que define a ausência de menstruação, que pode levar à infertilidade e à osteoporose.

Pesquisas anteriores já haviam revelado que mulheres que sofrem deste problema apresentam níveis cronicamente baixos de leptina. O novo estudo, publicado no site da Proceedings of the National Academy of Sciences, é o primeiro a oferecer provas definitivas de que a carência de leptina contribui para a amenorreia.

Participaram do estudo randomizado duplo-cego um total de 20 mulheres, entre os 18 e os 35 anos de idade, todas elas com amenorréia hipotalâmica. Muitas das participantes eram corredoras. Durante um período de 36 semanas, as mulheres receberam injeções diárias de metreleptina, uma forma sintética de leptina, ou placebo. O tipo de injeção recebido era desconhecido tanto para as participantes quanto para os pesquisadores.

No primeiro mês de tratamento, as mulheres sob uso da metroleptina apresentaram um aumento significativo nos índices de leptina. “Sete em cada dez mulheres começaram a menstruar, enquanto que quatro em cada sete apresentaram ovulação”, disse o Christos Mantzoros, diretor da unidade de nutrição humana do Beth Israel Deaconess Medical Center e professor de medicina da Escola de Medicina da Harvard, que conduziu o estudo.

“Quando comparadas ao grupo placebo, as mulheres que receberam o tratamento à base de metreleptina também apresentaram melhoras no perfil hormonal e níveis mais altos de indicadores de novas formações ósseas”, ele complementou. A leptina sintética usada no estudo, parcialmente financiado pelo Instituto Nacional das Doenças Renais e Digestivas dos Estados Unidos, foi fornecida pela empresa Amylin Pharmaceuticals.

EXERCÍCIOS - A combinação dieta e exercícios é fundamental para uma vida saudável e com menos doenças. Mas a ansiedade por um corpo perfeito, dentro dos padrões mais exigentes de beleza, faz algumas mulheres exagerarem na dose. Um dos primeiros sinais do desgaste excessivo está na menstruação, que passa a ser irregular ou até deixa de acontecer (amenorreia).

“O exercício influencia a produção de endorfina”, explica Tathiana Parmigiano, ginecologista da Seleção Brasileira de Basquete. A endorfina, explica a médica, é um hormônio que age no sistema nervoso central, produzindo sensações de bem-estar e relaxamento.

Estudos recentes sugerem que a prática regular de atividades físicas eleva o nível de endorfina em repouso e isso ajuda a amenizar os sintomas da TPM. Mas se a mulher exagerar nos exercícios, a endorfina pode prejudicar o ciclo e até interrompê-lo. “O ciclo desregulado afeta a absorção de cálcio pelos ossos e pode levar a um quadro de osteopenia precoce”, alerta Tathiana.

Sem os devidos cuidados, a osteopenia é uma condição que pode evoluir para osteoporose, tornando os ossos mais frágeis e sujeitos a fraturas. Uma das formas de fratura comum nesses casos é a fratura por estresse, causada por lesões de baixa intensidade, porém frequentes no mesmo local.

Estima-se que as fraturas por estresse representem 10% das fraturas de atletas, e até 25% no caso de praticantes de corrida. O risco é maior em mulheres. “Toda mulher com fratura por estresse, que seja praticante de esportes, deve passar por uma investigação médica. Pode ser que ela tenha tríade da mulher atleta”, afirma a ginecologista.

Ela explica que a tríade consiste na combinação dos fatores distúrbio alimentar, ciclo menstrual alterado e perda de massa óssea. Os primeiros sinais costumam aparecer na menstruação. É comum o ciclo se tornar irregular quando a mulher pega pesado no treino. “É preciso rever a intensidade do treino e toda a alimentação”, recomenda. Além da tríade, a mulher também pode ter dificuldade para engravidar.

O grande desafio do combate à tríade da mulher atleta é tornar o problema conhecido. Mesmo entre atletas profissionais, esse conjunto de disfunções ainda é pouco discutido. Um levantamento com 60 mulheres durante os Jogos Pan-Americanos (PAN) de 2007 revela que 80% delas não sabia o que era a tríade.

Na Seleção Brasileira de Basquete, outro estudo, de 2010, revelou que 27,3 das atletas tiveram fraturas por estresse em algum momento da carreira. “Não há diferença entre atletas profissionais e amadoras, entre treinos pesados ou não”, afirma Tathiana. O que importa, segundo ela, é se o treino está sendo pesado demais para a pessoa que o pratica.

“Treinos intensos em quaisquer níveis, sem um aporte nutricional adequado, podem causar alterações menstruais e ósseas. Por isso, qualquer mulher pode desenvolver a tríade”, completa. Quando a tríade é diagnosticada ou alguns sinais de que ela está por vir são detectados, é preciso rever a combinação entre alimentação e exercícios. É quando ela está desequilibrada que os problemas começam a surgir.

Em toda atividade física, o corpo sofre um desgaste e precisa de tempo e de nutrientes para se recuperar. Se tudo estiver na dose certa, a pessoa melhora seu condicionamento físico e vai atingindo seus objetivos: perda de peso, ganho de massa muscular, melhora no desempenho esportivo.

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