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Cuide da alimentação do seu filho

01 Mai 2011 - 11h09
Cuide da alimentação do seu filho -
Falta de atenção na escola, ansiedade, depressão e irritabilidade. Se o seu filho anda apresentando uma ou todas estas características, você provavelmente vai procurar uma orientadora pedagógica ou um terapeuta infantil. Mas a solução pode estar no consultório de outro profissional: o nutricionista. Determinados nutrientes estão ligados ao controle e à prevenção destes comportamentos e, consequentemente, ajudam seu filho a ter menos problemas na escola e em casa. Não são alimentos milagrosos, mas fazem um bem danado.

A nutricionista Fernanda Faria, da Consultoria e Assessoria Nutricional Duo Nutri, em São Paulo, explica que alguns alimentos estimulam a produção e liberação de neurotransmissores, substâncias facilitadoras da comunicação entre os neurônios. É o caso da serotonina, responsável principalmente pela sensação de prazer e bem-estar. Estes alimentos são aqueles ricos em triptofano, ácido fólico, magnésio ou vitamina B6 – como cereais integrais, vegetais verde escuros, castanhas e banana. “Se esta matéria-prima falta no organismo, a criança pode sentir ansiedade e depressão”, diz a nutricionista clínica Denise Noguêra.

As crianças também são extremamente dependentes de outros nutrientes, como cálcio, zinco, ferro e vitamina E, todos antioxidantes. “Os antioxidantes agem de forma a combater o excesso de consumo de produtos químicos”, diz Denise. Por isso, manter uma dieta rica em frutas e legumes, alimentos naturalmente ricos em minerais e vitaminas de origem vegetal, ajuda a controlar um possível excesso de substâncias artificiais como corantes e realçadores de sabor.

Uma pesquisa realizada pelo Colégio Universitário de Londres (UCL), na Inglaterra, e publicada em 2009, mostra como colhemos os frutos diretos do que se coloca no prato. De acordo com o site da BBC britânica, 3.500 pessoas de meia-idade foram acompanhadas durante cinco anos e, enquanto metade delas manteve uma dieta rica em peixes, frutas e vegetais, a outra metade se alimentou principalmente com alimentos industrializados, como frituras e grãos refinados. Resultado: o primeiro grupo acabou com apenas 26% de chance de sofrer depressão no futuro. Já no caso do segundo grupo, as chances eram de 58%.

Corantes, presentes em refrigerantes e chicletes, e realçadores de sabor como o glutamato monossódico, presente em temperos prontos, são agressivos para a saúde dos pequenos. “Estas substâncias também podem levar a quadros de alergia alimentar, com sintomas de agitação física e mental se manifestando se a criança consumi-los em excesso”, diz Noguêra. “A falta de nutrientes, associada ao excesso de alimentos ricos em produtos químicos, pode até gerar uma predisposição ao desenvolvimento de doenças imunológicas”.

A nutricionista Elaine de Pádua, especialista em alimentação na infância e adolescência e autora do livro “O que tem no prato do seu filho?” (Editora Alles Trade), lembra que os alimentos ricos em ômega 3, presente em peixes como arenque e salmão, são bons aliados no combate às dificuldades de aprendizagem.

CAFÉ DA MANHÃ - Outra coisa que anda em falta na rotina das crianças brasileiras, segundo Elaine, é o café da manhã. “Uma criança que consome os nutrientes necessários antes de ir para a escola também pode melhorar o desempenho nos estudos”, diz. Iogurte com granola ou pão integral com geleia, por exemplo, já podem garantir esse benefício.

De acordo com a nutricionista Aline de Piano, da Unifesp, o café da manhã também pode ter frutas, ricas em vitaminas. “Esta refeição merece destaque, pois será responsável por oferecer a energia necessária para o dia começar bem”, afirma. E a criança será capaz de se concentrar muito mais nas primeiras aulas do dia.

Outro problema que pode ter origem na má nutrição é o aumento da irritabilidade e do nervosismo das crianças, desencadeado quando faltam nutrientes para a formação do ácido gama-aminobutírico (GABA). Noguêra explica que o GABA é um neurotransmissor formado a partir da vitamina B6, do magnésio e da glutamina, aminoácido que costuma ser encontrado de forma livre no tecido muscular.

Este neurotransmissor tem efeito tranquilizador e ajuda a equilibrar as crianças mais hiperativas, por exemplo. E ainda colabora para que a agressividade não dê as caras. “A falta destes nutrientes também é causa do bullying, problema de agressividade recorrente hoje em dia”, diz a especialista. Se o consumo de alguns alimentos pode acalmar, outros também favorecem o desenvolvimento de quadros de hiperatividade, ansiedade e depressão. Fernanda Faria sugere evitar bolos, sorvetes, guloseimas, frituras, cafeína e produtos industrializados, como salgadinhos e bolachas recheadas

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