“Para serem aceitos inicialmente nesse mercado global, os chineses não podem nem exagerar na dose, nem pecar pela falta de atrativos, por isso o design italiano cai como uma luva, aliando a elegância e sensualidade dos países ocidentais, com sutis inserções de aspectos da cultura estética chinesa”, afirma o professor Carlos Armando Castilho, do curso de Extensão em Design da Mobilidade da Fundação Armando Alvares Penteado (Faap).
Como já fizeram outras montadoras europeias e até americanas, as chinesas têm delegado a assinatura de vários de seus modelos aos mais renomados estúdios de design, como Pininfarina, Bertone e Torino, que viraram referência por desenhar as formas das marcas mais cobiçadas do mundo, entre elas Ferrari, Maserati e Lamborghini.
“Desde a antiguidade, os italianos cultuam o belo e buscam a perfeição da forma e da função. Por isso, sempre foram e continuam sendo os melhores quando o assunto é design de automóvel”, diz o professor de Engenharia Mecânica da FEI, Ricardo Bock. “É muito difícil produzir um carro que agrade a todos os mercados e uma saída clássica é apelar para o design italiano, que tem traços mais harmônicos.”