Trabalhos das Comissões Processantes podem terminar em meado de março - Crédito: Foto: Hédio Fazan/PROGRESSO
DOURADOS – Os trabalhos das 16 Comissões Processantes que podem cassar oito vereadores da Câmara de Dourados, acusados de participar de esquema de desvio de dinheiro público, terminam até dia 15 de março. A expectativa é de presidentes da Comissões. De acordo com o vereador Valter Hora (PPS), a partir da próxima semana encerram as oitvas com todas as testemunhas de defesa. Segundo ele, no dia 17 deste mês serão ouvidas as últimas testemunhas de defesa de José Carlos Cimatti (PSB). No dia 14 é a vez da defesa de Aurélio Bonatto (PDT) e do vereador Júlio Artuzi (PRB). Com exceção de Marcelo Hall (PR), que ainda está em fase inicial do processo de cassação porque não entregou defesa, os demais vereadores estão em fase final do processo.
São eles: Marcelo Barros, José Carlos de Souza, “Zezinho da Farmácia” que dispensou as testemunhas de defesa, Humberto Teixeira Junior (PDT) e Paulo Henrique Bambu (DEM). Sidlei Alves, é o primeiro do grupo a renunciar ao mandato.
De acordo com o vereador presidente de CP, Idenor Machado, a partir do final das oitivas a previsão é de que os afastados tenham até o dia 22 para apresentar as considerações finais. Depois disso, é elaborado o relatório final com pedido ou não de cassação e marcado o julgamento em plenária, o que deve acontecer até o dia 15.
Conforme Idenor, à medida que as análises forem sendo finalizadas uma escala com datas dos julgamentos de cada vereador deverá ser formada.
Os vereadores são acusados de participarem de esquema criminoso que desviava dinheiro público através da cobrança de propina. Em setembro a Polícia Federal denunciou suposta quadrilha formada por empresários e representantes do poder público em Dourados.
O então prefeito Ari Artuzi foi preso e renunciou ao mandato, assim como o vice Carlinhos Cantor e o ex-presidente da Câmara Sidlei Alves. Além dele, outros oito vereadores foram presos e outros dois indiciados. A vereadora Délia Razuk foi a única a não ser citada em nenhuma das denúncias. Todos os presos pela PF foram afastados do Legislativo por uma decisão judicial. Eles ainda podem retornar aos cargos caso não sejam cassados.