Em acordo de delação premiada, Delcídio acusou Lula de tentar evitar que o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró colaborasse com a Operação Lava Jato. Ou seja, xilindró à vista.
##### Insônia
No início de maio, Lula foi denunciado por obstruir as investigações da Lava Jato. A acusação formal, feita pela PGR (Procuradoria Geral da República), foi incluída na denúncia contra Delcídio do Amaral.
Como Delcídio era senador na época, só podia ser investigado pelo Supremo. Com a cassação do mandato dele, a PGR entendeu que o caso deveria ir para a primeira instância. Ainda cabe ao ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, decidir. Até lá, muita gente vai perder o sono.
##### Ficha podre
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) recebeu uma lista de gestores públicos de recursos federais com contas julgadas irregulares pelo TCU (Tribunal de Contas da União), entre os quais, é claro, tinha que ter representantes de Mato Grosso do Sul, num total de 114 pessoas aparecem.
O engraçado, como em todos os anos de eleições, só aparecem na lista políticos do baixo clero. Para os velhos caciques e raposas do poder sempre há uma brechinha eleitoral.
##### Polêmica
O veto oferecido pelo prefeito Alcides Bernal (PP) ao projeto de lei de reajuste de 9,57% lineares aos servidores municipais de Campo Grande deve ser votado terça-feira. O texto que dispõe sobre a revisão geral de remuneração dos barnabés do Poder Executivo, já causou muito polêmica desde o início da revisão.
O progressista alega que a legislação eleitoral impede concessão de reajuste superior à inflação acumulada no período que antecede 180 dias da eleição, marcada para outubro de 2016.
##### Tiro no pé
O PT acabou dando um tiro no pé ao propor a criação da CPI que investigou a ação/omissão do Estado nos casos de violência contra indígenas, em outras palavras CPI do Genocídio, primeiro nome do colegiado que foi mudado para minimizar o impacto. A investigação foi uma clara resposta à CPI que investigou o Cimi (Conselho Indigenista Missionário), organismo ligado ao partido e aos movimentos sociais.
O relatório, elaborado pela deputada Antonieta Amorim (PMDB), isentou o Estado de toda a culpa, afirmando que não há base jurídica para acusar o poder público pela violação de direitos e violência contra os índios.