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Beneficiários da república: os barnabés!

07 Nov 2015 - 07h00Por Marli Lange Do Progresso
Beneficiários da república: os barnabés! -



No serviço público federal, estadual ou municipal, onde são necessários barnabés para atender a demanda do serviço, não os encontramos. O número deles é escasso e nenhuma importância é dada ao cidadão que paga impostos e deles (dos barnabés) precisa para resolver seus problemas.

Nas repartições onde os barnabés são dispensáveis, por falta de absoluta utilidade, encontramos multidões deles, consumindo café e papel higiênico, além de vales refeição, vales transporte, tudo por conta do contribuinte que, além de bancá-los nessas despesas, precisa ainda fingir-se de tolo, quando verifica o volume dos receituários médicos, autorizando licenças saúde!

Na área da saúde pública faltam médicos, faltam enfermeiros, faltam funcionários para limpeza; faltam equipamentos e remédios, falta tudo o mais que o serviço necessita para funcionar, com um mínimo de eficiência. Falta tudo!

No ensino faltam professores, faltam prédios escolares, falta pessoal para o serviço de apoio. Falta tudo!
Nas delegacias de polícia faltam investigadores, faltam escrivões, faltam delegados, carcereiros para as detenções; faltam viaturas e tudo o mais para que se preste um atendimento modesto ao contribuinte, protegendo sua família e enjaulando os bandidos. Falta tudo!
A lógica é a seguinte: não havendo trabalho, há barnabés aos magotes; onde houver trabalho e o barnabé necessário e indispensável, para o funcionamento da repartição, o número deles é reduzido, escasso! O sistema atual, tira de onde precisa e coloca onde o ócio impera. Nunca se tem barnabés suficientes para atender a demanda nas repartições que prestam serviços ao contribuinte. É uma praga que a República carrega nas costas, sem solução.

Os médicos, os médicos-barnabés, inescrupulosos e hipócritas, assinam o ponto na repartição e abandonam o plantão. Fogem rápido, dispensando até o cafezinho, deixando o paciente entregue às moscas!
No Congresso Nacional (Câmara e Senado) que só funciona das terças às quintas-feiras, apenas três dias por semana; e no Executivo, com seus ministérios, secretarias e diretorias que nunca funcionam, há milhares e milhares de barnabés encostados, tendo como única atividade dissimular, consumir café, papel higiênico e beneficiar-se de licenças médicas. Desfrutam ainda de outras vantagens, que o cidadão comum nem sonha alcançar. Um ascensorista no Congresso (motorista de elevador) ganha mais que um Almirante da ativa!
Nos legislativos estaduais, nos Tribunais de Contas, e nas câmaras municipais SOBRAM BARNABÉS! Todos desfrutando de bons salários e, como atividade, a mesma dos outros barnabés embutidos no restante do serviço público!

Nos escaninhos da República, entremeados aos barnabés comuns, encontram-se os graúdos do PT. “Funcionários imexíveis”, falam grosso, comem impostos e exercem o comunismo,o qual, prometem: salvará a Pátria!

As negociatas dos parlamentares e os “acertos intra corpus”, tendo o “vale dos caídos” como biombo, recrudescem e arrefecem, conforme a temperatura dos interesses subjetivos e escusos dos parlamentares, por vantagens diametralmente opostas, aos interesses dos contribuintes. Alisadas as arestas, vão para os restaurantes, porque ninguém é de ferro! Quando não é entendida ou é, irresponsavelmente ignorada – a história tende a repetir-se! Nos últimos tempos, poucos têm voltado o olhar para os contornos da história. Entendê-la é preservar a humanidade de traumas e propiciar-lhe meios, para que sobreviva com dignidade, sem ter de morrer afogada num Mediterrâneo qualquer.

Frente ao desarranjo social momentâneo, que ameaça devorar a sociedade brasileira, pela falta de empregos e novas opções de vida, seria de bom alvitre: os parlamentares tomarem vergonha, e junto com o governo, redistribuir os barnabés, em números compatíveis com cada repartição. As sobras devem ser dispensadas e a carga tributária reduzida.

Ninguém pode afiançar, que um povo em desespero, desvalido e aflito, não venha a promover uma possível “Queda de Brasília”, repetindo acontecimento ocorrido em 14.07.1789, com a “Queda da Bastilha”, em Paris, tida como símbolo da arbitrariedade real. Observe que nesse mesmo ano, 1789, no Brasil, José Joaquim da Silva Xavier (1746-1792, um alferes de cavalaria com o cognome de Tiradentes, patriota e corajoso, desafiou a Corte Portuguesa. Preso, foi enforcado em 1792. Tornou-se o MARTIR DA INDEPENDÊNCIA, a qual veio pouco tempo depois, em 1822, pelas mãos – imaginem só! – de um membro daquela mesma Corte Lusitana, que o condenara à forca: Dom Pedro I.

A história, repete-se e até corrige-se, valorizá-la é prevenir!

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