
Segundo o coordenador do Núcleo de Pesquisa em quadrinhos da Uems (NupeQ), Nataniel dos Santos, a exposição é uma oportunidade para “divulgar a interface dos quadrinhos com a literatura e outras artes”. Parceria entre o NupeQ e o coletivo de desenhistas Bigorna Ilustrada, a amostra reúne o trabalho de 15 desenhistas e 52 páginas de histórias.
“O projeto surgiu em um dos encontros semanais do coletivo. Nós estávamos fazendo um exercício de narrativa, quando veio a ideia de interpretar o trabalho de Manoel de Barros”, relembra um dos organizadores da exposição, Wanick Corrêa.
A sugestão de Wanick era que cada desenhista escolhesse um poema do poeta e o interpretasse na forma de quadrinhos. “Cada integrante escolheu sua poesia favorita e o modo como adaptá-la. No meu caso, selecionei o poema “De Passarinhos” e interpretei o texto a partir das referências gráficas que utilizei no meu livro de quadrinhos. Assim, ambientei o cenário do meu livro e os personagens na interpretação do poema”, explica.
Já Anderson Barbosa optou pelo poema “Retrato do Artista Quando Artista”. Para interpretá-lo, ele resolveu criar a história, em cima de uma tirinha que ele já desenvolvia. “Eu já tinha um personagem, um rato que sonha em ser viking. Resolvi trabalhar a história com ele, numa estrutura meta linguística com algumas quebras de quarta parede. Então, enquanto ele vive uma pequena aventura, está falando com o leitor.
E tudo isso acontece tendo como pano de fundo a poesia de Manoel de Barros”, explica Anderson. O interessante nesse diálogo entre poesia e quadrinhos são as inúmeras possibilidades que os desenhistas constroem para recriar a magia das palavras.
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