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“Star Wars: O Despertar da Força”

28 Dez 2015 - 10h20
Cena do filme “Star Wars: O Despertar da Força” - Crédito: Foto: DivulgaçãoCena do filme “Star Wars: O Despertar da Força” - Crédito: Foto: Divulgação
O filme “Star Wars: O Despertar da Força” está em cartaz no cinema do Shopping Avenida Center. A produção pode ser conferida em diversos horários com versões dubladas e legendadas nas Salas 1 e 2.


A ideia talvez seja exatamente resgatar o espírito do passado que foi ignorado nos outros filmes – e a presença de Harrison Ford e Carrie Fisher é uma prova disso, colocando-os ao lado dos novatos na série Oscar Isaac, Daisy Ridley e John Boyega, esses dois os verdadeiros protagonistas do filme.


O centro da trama é um jovem Stormtrooper (Boyega) que se revolta e se une aos rebeldes, quando conhece Poe (Isaac), a quem ajuda a fugir, e este acaba dando ao rapaz o nome de Finn. Nesse sentido, “O Despertar da Força” é exatamente sobre a jornada da construção do herói. Finn, que até então era apenas um número, confessa que não conhece nada do mundo. Seu processo de amadurecimento é um dos temas do filme.


Sintonizado com as sensibilidades contemporâneas, o longa também precisa de uma heroína, Ray (Daysi), uma jovem solitária que vive do pouco que consegue ao juntar e vender lixo. O caminho dos dois se cruza e eles se descobrem mais fortes e poderosos do que imaginavam. De acordo com o Cine Web, a linha narrativa é a procura por Luke Skywalker (Hamill), que está desaparecido. Sua irmã Leia (Carrie Fisher), agora uma general, move todos os esforços possíveis para encontrá-lo – até escalar Han Solo (Ford) – mas só lhe resta um mapa incompleto.


Se Poe, Finn e Ray são os substitutos de Luke, Han e Leia, o filme então dá uma piscadela para as sensibilidades contemporâneas representando a diversidade exigida pelos mercados do mundo globalizado. Não que os filmes anteriores – especialmente a trilogia original (sobre a segunda há dúvidas) – não estivessem alinhados com a sensibilidade de seu tempo. Leia, quando ainda uma princesa, era a representante da chamada “Segunda Onda do Feminismo”, fosse empunhando uma arma, ou com suas vestes metálicas mínimas. Acontece que aqui, ela e Ford especialmente, ficam no posto de coadjuvantes. A rigor, a personagem dela é mais bem resolvida, ao contrário da dele, cuja função, em boa parte do tempo, é falar frases de duplo sentido que remetem aos filmes originais, e que só devem ser decodificadas por fãs de carteirinha mesmo.


Temas caros à série – como a guerra e a questão da paternidade – se fazem presentes no filme, mas não apenas numa chave nostálgica. Abrams sabe que os tempos são outros e que Stars Wars – num passado não tão remoto no Brasil chamado de Guerra nas Estrelas – é objeto de culto e admiração. Ele, no entanto, não faz um filme apenas para os iniciados, remete ao passado, mas também é capaz de situar o novo público.

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