Capa de \'Underneath the pine\' - Crédito: Foto: Divulgação
Em 2010, o músico americano Chazwick Bundick se tornou a cara de um tímido movimento musical nascido em seu país: a “chillwave”. Música eletrônica lenta e relaxante. Parecida com o som de grupos como Depeche Mode e Human League, só que feita para se ouvir na praia.Mais conhecido como Toro Y Moi, Bundick lança esta semana no Brasil seu segundo CD. “Underneath the pine” chega às lojas pelo selo Vigilante, da Deckdisc.
É o primeiro lançamento de um artista estrangeiro pelo selo, que também tem os brasileiros Boss in Drama e Vivendo do Ócio em seu elenco. (Em abril sai “Tomboy”, novo do americano Panda Bear.)
Um crítico do “The New York Times” descreveu a chillwave assim: “são artistas solo ou pequenas bandas, geralmente com laptops como instrumento principal. Trazem memórias do electropop dos anos 1980, com frases de dance-music. É a música da recessão: barata e dançante.”
Outras bandas que se enquadram no movimento são Washed Out, Memory Tapes e Small Black, todas dos Estados Unidos.
Quando questionado se ele se sente parte do gênero, Bundick desconversa: “Prefiro chamar esse tipo de som de pop. Acho que o pop é eterno”, diz em entrevista ao G1.
“Sou influenciado pelos meus pais e pelas situações com que me envolvo. Também gosto muito da Cherrelle.” A cantora americana de R&B, mais conhecida pelo hit “I didn’t mean to turn you on” (1984), é uma de suas influências na hora de compor.
Filho de uma mãe filipina e de um pai nascido na Virgínia, Bundick começou a fazer música aos 15 anos. “Eu gostava de usar qualquer coisa, desde teclados baratos a diferentes programas de computador.”
O nome foi escolhido na mesma época. “É estranho por que eu não gosto de mais nada do tempo em que eu tinha 15 anos.”
Em “Underneath the pine”, porém, ele só gravou com instrumentos ao vivo. A experiência vem da banda que o americano teve durante os tempos de faculdade: The Heist And The Accomplice, que chegou a ter algum reconhecimento no cenário alternativo.
O resultado do esforço em estúdio aparece no disco. Faixas como “New beat” e “Light black” têm tratamento fino, soam como um bom produto da música pop. Mantêm, porém, uma sonoridade despretensiosa, juvenil.
Depois do lançamento do CD no Brasil, Bundick seguirá para a divulgação do disco: ele diz que já tem data marcada no país, apesar de não dizer quando vem. Será a chance de ver se o som do Toro Y Moi funciona bem também sobre os palcos. (G1)