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Jonir Figueiredo é homenageado em Seminário de Educação e Cultura

18 Jul 2016 - 06h00
Jonier Benedicto de Figueiredo, nascido em Corumbá, é considerado o primeiro arte-educador de Mato Grosso do Sul, é autodidata. - Crédito: Foto: Elvio LopesJonier Benedicto de Figueiredo, nascido em Corumbá, é considerado o primeiro arte-educador de Mato Grosso do Sul, é autodidata. - Crédito: Foto: Elvio Lopes
O artista plástico e produtor cultural Jonir Figueiredo será o homenageado do 1° Seminário Estadual Cultura e Educação – Território da Arte na Escola, que será realizado nos dias 5, 6 e 7 de agosto, na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems), campus de Campo Grande, com atividades desenvolvidas também em outros locais da Capital e que terá como participantes grandes nomes da cultura nacional e sul-mato-grossense.


O Seminário é uma realização em parceria das Secretarias de Estado de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação (Sectei) e Educação (SED), com a finalidade de promover o diálogo entre a Cultura e a Educação, demanda que objetiva o desenvolvimento conjunto das duas pastas em direção às novas proposições de políticas públicas e há 14 anos aspirada pelos Ministérios da Educação e Cultura, em âmbito federal.


O homenageado, Jonier Benedicto de Figueiredo, nascido em Corumbá é considerado o primeiro arte-educador de Mato Grosso do Sul, é autodidata, nunca frequentou uma escola formal de pintura, mas conviveu com grandes artistas contemporâneos e se inspirou na paisagem pantaneira para criar seus primeiros trabalhos, levado pelo pai, o comandante da Empresa de Navegação Bacia do Prata, Antônio Benedicto de Figueiredo, a navegar pelos rios pantaneiros, a partir da grandiosidade do Rio Paraguai.


Nessas viagens pelos caudalosos e ainda pouco explorados rios pantaneiros, Jonir acabou absorvendo como referência a flora nativa, deslumbrando-se com as espécies floridas, como os ipês, angicos, aroeiras, canafístulas e a grande diversidade de animais. Mais tarde, na mesma região pantaneira, a partir das explorações científicas de institutos nacionais, ele acrescentou à sua arte os traços milenares da arte rupestre descobertas nas cavernas e montanhas do Pantanal e de outras regiões do Estado.


A experiência de Jonir passa ainda para a execução de cenários, figurinos, painéis de fundo nas artes cênicas. Em 1966 produziu sua primeira tela, mas foi somente em 1977, ano da criação de Mato Grosso do Sul, que realizou sua primeira exposição de arte, depois de seu acervo ser descoberto pela gestora do Departamento Municipal de Cultura, Sylvia Cesco. Um ano depois, em 1978, participaria de uma coletiva no Hotel Campo Grande.


Nesta mesma época, imerso na época da ditadura, criou a obra "Mãe Pátria à Esperada Filha Democracia" e participou do 1° Salão de Artes de Mato Grosso do Sul sendo premiado ainda no 2° Salão Divisionista com a obra "Pássaro da paz".


Entre os trabalhos mais expressivos de Jonir, figuram as temáticas "Ufocologia: Pés na Terra e Cabeça no Espaço", "Export Brazil" contra a matança do jacarés, "Nativo Export", que trata da questão indígenas, a série de gravuras monotípicas "Impressões Rupestres", os "Mapas do Paraízo" e "Luar Pantaneiro", um trabalho de sampleagem em papel artesanal, fibras de palha de milho, de bananeira, camalote e coroa de abacaxi.


A infointervenção de fotografias é encontrada na série "Mulher Futurista", na qual trabalha o ícone Lídia Baís, o sincretismo pantaneiro é percebido no trabalho "Santos nossos de cada dia" e revela-se na série-trocadilho "Altos Retratos". Integram também seu repertório artístico a série "Mandalas" e "Festa do Divino".


Jonir recebe essa justa homenagem dos organizadores do seminário de Cultura e Educação também pelo apoio que tem oferecido a outros artistas, com a criação do Mbayart Núcleo de Produções Artísticas do Mato Grosso do Sul e por sua participação em mostras de artes na Europa e, mais recentemente, em Nova York, nos Estados Unidos, para onde levou seus trabalhos na Exposição Mato Grosso do Sul Visto pelo Mundo. Este ano, Jonir idealizou a realização da Feira de Arte e Artesanato de Mato Grosso do Sul (Feirarte/MS), realizada no primeiro domingo do mês na Praça das Araras, em Campo Grande.

Ideias


O Seminário, segundo a organização, vai promover, sobretudo, um espaço de reconhecimento e partilha de saberes e fazeres educativos e artísticos, que contribuam para a implementação de ações inovadoras entre ambas as áreas de Mato Grosso do Sul, em uma oportunidade para se vislumbrar possibilidades valiosas e transformadoras que vêm reafirmar os valores humanos essenciais para a humanidade do século XXI.


O 1° Seminário Estadual Cultura e Educação – Território da Arte na Escola conta com a participação da Sectei, SED, e ainda da Secretaria Municipal de Educação de Campo Grande (Semed), do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan/MS), da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems) e de integrantes da sociedade civil. Inscrições e informações sobre o seminário podem ser obtidas no site http://seminarioculturaeeducacao.art.br.

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