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Estreia: "O Turista" desperdiça charme e talento de Jolie e Depp

20 Jan 2011 - 22h45
Estreia: "O Turista" desperdiça charme e talento de Jolie e Depp -


SÃO PAULO (Reuters) - \'O Turista\' é uma promissora reunião de talentos e atrações: os astros Angelina Jolie e Johnny Depp juntos pela primeira vez na tela; três vencedores do Oscar atrás dos bastidores - o diretor alemão Florian Henckel Von Donnersmarck (melhor filme estrangeiro em 2007, com \'A Vida dos Outros\') e os roteiristas Christopher McQuarrie (\'Os Suspeitos\') e Julian Fellowes (\'Assassinato em Gosford Park\'). Os cenários não poderiam ser mais bonitos - Paris e Veneza. Então, por que não temos aqui o filme elegante e divertido que prometia ser?

Elegância, a bem da verdade, não falta ao figurino de Elise Clifton-Ward (Angelina Jolie), uma bela mulher que está sendo atentamente vigiada pela Scotland Yard em Paris. O motivo - seu ex-amante, Alexander Pearce, que deu um golpe num banqueiro gângster, Reginald Shaw (Steven Berkoff), e sumiu com centenas de milhões. Todo mundo quer pegar Pearce e sabe que a bela mulher é a melhor pista.

Num determinado momento o esquivo ladrão manda notícias - e instrui, por carta, a amada a pegar um trem para Veneza, procurando iludir seus inevitáveis perseguidores de que algum homem a bordo é ele, já que seu rosto é desconhecido da maioria deles. Elise segue as instruções e elege um desconhecido solitário de ar inocente. Ele é Frank Tupelo (Johnny Depp), um professor de matemática do Wisconsin, em viagem de férias para curar uma decepção amorosa.

Qualquer homem do mundo teria que estar cego para ser indiferente ao charme da longilínea mulher fatal que se senta diante dele e dá todas as dicas de querer companhia para o jantar. Quem há de resistir?

Deliciosamente engraçado nos vários capítulos de \'Piratas do Caribe\', Depp está um tanto contido neste filme. O próprio diretor, aliás, parece pouco à vontade para lidar com uma trama recheada de espionagem, reviravoltas, perseguições nos telhados e canais de Veneza. Humor também não parece ser o seu forte. Caso contrário, seriam mais bem exploradas as ambiguidades da relação entre a chiquérrima Elise e o tímido Frank - que em mais de um momento evoca uma situação tipo \'A Dama e o Vagabundo\'.

Os cenários luxuosos - como o seletíssimo hotel Danieli de Veneza -, bem como o próprio figurino e as jóias de Jolie, assim como a beleza estonteante da estrela, jogam a favor de encher os olhos do público, quem sabe, distraindo-o da falta de ritmo da aventura e da ausência de rigor geográfico de certas sequências (como a que mostra o banqueiro desembarcando diretamente do aeroporto veneziano Marco Polo no canal Grande, que fica a cerca de uma hora de barco dali).

Nem a presença de um ex-007, o galês Timothy Dalton - aqui interpretando um contido inspetor-chefe da Scotland Yard - ou o carisma habitual do britânico Paul Bettany (\'Criação\') - na pele de outro inspetor perdendo a compostura por ciúme da bela Elise - seguram muita coisa. A grande surpresa final se revelará não ser tão grande assim, apenas inevitável. E o cinema fica à espera de um melhor encontro entre Jolie e Depp. Desta vez, não valeu.

(Por Neusa Barbosa, do Cineweb)

* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

(G1.com)

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