Escritor Eduardo Spohr aborda o tema “A Fantasia Faz o Carnaval” no dia 28 de dezembro, segunda-feira, às 21h, no SescTV. - Crédito: Foto: DivulgaçãoPara Spohr, o que torna a literatura fantástica interessante é sua relação com o mundo real. “É poder levar a gente para fora do mundo, mas que também possua metáforas que se comuniquem com o mundo real”, diz. Autor dos livros A Batalha do Apocalipse e Filhos de Éden, Eduardo também comenta que além das metáforas, muitos leitores conseguem se identificar com os personagens, pois, para ele, dentro de nós coexistem vilões, heróis e outros arquétipos da literatura.
O escritor explica que a fantasia pode ser relacionada não somente aos contos de fadas, mas também à mitologia. E por isso é errado dizer que esta é um privilégio somente das crianças. “A fantasia te permite sonhar. E acho que todo mundo deve continuar sonhando sempre”. Eduardo ainda relaciona a importância da mitologia à elaboração das histórias, dizendo que um dos fatores positivos do Brasil para um romancista é a incorporação de diferentes mitologias do mundo. “No Brasil há uma facilidade em relacionar-se com outras culturas”, comenta.
A possibilidade de brincar com a realidade é, para Eduardo, um dos maiores prazeres em escrever livros de fantasia. Recriar suas regras e seus conceitos é um grande desafio, mas também uma grande satisfação. “Você tem a possibilidade de trabalhar com as regras e os conceitos que criou para o livro”, diz. O escritor também discute o futuro da literatura fantástica.
O escritor participa ainda dos quadros Pé de Página, no qual fala sobre ambiente e processo de trabalho e porque o faz, e do Primeira impressão, onde sugere os livros de Robert E. Howard, famoso pelo personagem Conan, o Bárbaro. Além desses, o episódio apresenta os quadros: Orelhas, sobre os escritores Isaac Asimov e Aldous Huxley; Prefácio, com a pesquisadora do Laboratório de Educação Sandra Medrano, que indica o livro História sem Fim, de Michael Ende; e Quarta Capa, no qual a internauta Verônica Valadares comenta o livro O Hobbit, de J. R. R. Tolkien.
O livro
A mais nova revelação do mercado editorial brasileiro veio dos céus. Aos 34 anos, o escritor carioca Eduardo Spohr invadiu com seu romance de estreia um espaço raramente desbravado por autores nacionais: a lista dos livros mais vendidos de ficção. Em A batalha do Apocalipse, o autor narra o confronto entre anjos caídos e exércitos celestes, em uma guerra que pode pôr em risco toda a humanidade. Uma boa parte do sucesso da obra se deve à internet. Antes mesmo de ser publicado por uma grande editora, o livro já havia atingido a invejável marca de 4.500 exemplares impressos de forma independente e vendidos num site dedicado ao público nerd. Editado recentemente pela Verus, um selo pertencente à editora Record, A batalha do Apocalipse já esgotou sua tiragem inicial de 10 mil exemplares.
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