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Artrite eleva chances de ataque cardíaco

12 Jun 2011 - 08h28
Artrite eleva chances de ataque cardíaco -
A artrite, por si só, já é uma doença que exige cuidados e provoca uma série de inconvenientes à saúde. O problema, caracterizado pela inflamação nas articulações do corpo, é apenas um termo para aproximadamente 100 doenças que atacam o tecido conjuntivo do organismo. Comum, ela atinge cerca de 400 milhões de pessoas no mundo inteiro. Como se já não bastassem os seus efeitos nocivos, ela também potencializa as chances de problemas cardiovasculares, segundo estudo feito na Dinamarca.

De acordo com pesquisadores do Hospital Universitário Gentofte, mulheres portadoras da doença chegam a ter seis vezes mais chances de sofrer um ataque cardíaco do que as que não possuem o problema. “A artrite reumatoide (doença inflamatória resultante de uma alteração no sistema imunológico) já era considerada como um fator de risco que pode levar ao ataque cardíaco.

Ela endurece as artérias, o que aumenta a probabilidade de um infarto ou derrame acontecer 10 anos antes do que em pacientes que não sofrem com a doença”, explica o cardiologista César Jardim, de São Paulo.



O estudo conduzido na Dinamarca comparou durante 10 anos cerca de 130 mil pacientes portadores de diabetes e mais de 10 mil pessoas com artrite reumatoide. A pesquisa revelou que mulheres que não chegaram ainda aos 50 anos de idade e que sofrem com artrite apresentaram mais riscos de sofrerem um ataque cardíaco. A probabilidade de um infarto entre elas foi seis vezes maiores. Já os homens portadores da enfermidade correm menor risco. Eles possuem 1,66% de chances de terem um ataque no coração contra 1,59% dos diabéticos.

O risco de infartar em pacientes com artrite reumatoide é semelhante ao dos pacientes com diabetes. “Os diabéticos, em geral, já sabem que correm risco de sofrerem com problemas cardiovasculares e normalmente são monitorados em relação a isso. Porém, quem é portador de artrite reumatoide não, o que piora a situação dessas pessoas já que elas não conservam o hábito de prevenção”, diz Jardim.

De acordo com o profissional, uma em cada três mortes é provocada por doenças cardíacas em portadores da enfermidade nas articulações. O fato de padecer de artrite faz com que o bombeamento do coração enfraqueça, o que resulta em retenção de fluído que provoca inchaços nas pernas e no abdômem e podem culminar em insuficiência cardíaca ou ataques fatais. “Até em estágios iniciais da artrite reumatoide é necessária a máxima atenção.

Pessoas que não estão em grupos de risco, com predisposição a doenças cardíacas, podem desenvolver alguma anomalia cardíaca”, esclare Jardim.
Acompanhamento médico de um reumatologista é recomendado aos portadores de artrite reumatoide, assim como a atenção ao coração, mesmo que o paciente não tenha histórico de doenças cardíacas ou siga uma rotina longe dos fatores de risco para o coração. A doença geralmente responde a diversas formas de tratamente. Medicamentos e a reabilitação física são os mais recomendados. Acupuntura, hidroterapia em piscinas apropriadas e eletroterapia são recursos que minimizam as inflamações e os danos às articulações.


ENXAQUECA - As crises de enxaqueca, aquela e dor de cabeça intensa que pode provocar sensibilidade à claridade, cheiros, barulhos, ou até mesmo náuseas e vômitos, podem denunciar problemas que vão além dos neurológicos e atingem o seu coração, segundo estudos. O mais recente levantamento que associa a dor incômoda a problemas cardiovasculares revela que pessoas que sofrem crises de enxaqueca com regularidade têm o dobro do risco de sofrer um ataque cardíaco.

O estudo conduzido por professores da Universidade Yeshiva, nos Estados Unidos, aponta também que as chances de sofrer um AVC (acidente vascular cerebral) é maior entre indivíduos que sofrem com a dor de cabeça intensa. A pesquisa, que constata a ligação entre os dois males, avaliou cerca de 11 mil pessoas por meios de questionários detalhados (sendo que mais de 6 mil pessoas dos participantes padeciam de fortes crises de enxaqueca).

Os resultados indicaram que os pacientes com exaqueca com ou sem aura (alteração na visão) têm duas vezes mais chances de sofrer uma crise cardíaca (4,1%) do que pessoas que não apresentam o problema (1,9%). Os riscos, no entanto, aumentam se a enxaqueca for com aura e chegam a ser três vezes maiores. De acordo com o estudo, este grupo de pessoas também apresenta problemas como diabetes, hipertensão e altas taxas de colesterol - todos eles fatores de doenças cardiovasculares.

Nem mesmo os bebês escapam da enxaqueca, porém, a enfermidade ataca com mais força pessoas de 25 a 55 anos, sendo que as mulheres possuem três vezes mais chances de sofrer da doença do que os homens. Muitas vezes confundida com uma dor de cabeça normal, a enxaqueca é uma disfunção química cerebral caracterizada pela pouca produção de serotonina e endorfina (neurotransmis-sores que atuam no Sistema Nervoso Central como tranquilizantes) e pela liberação de noradrenalina (de ação estimulante).


Embora seja uma enfermidade heriditária, a neurologista Célia Roesler, de São Paulo, explica que há uma evidente conexão entre o aumento de casos de enxaqueca e o estilo de vida. \"O estresse, a falta de rotina e horários regulares para dormir e a má alimentação são desencadeadores desse tipo de cefaleia\", diz a profissional.

Para prevenir as crises de enxaqueca cuidados devem ser incorporados à rotina. De acordo com Célia, uma alimentação balanceada pode ser eficaz. “O consumo de açúcar em excesso, frituras, álcool ou de alimentos industrializados, carboidratos refinados, enfim, tudo que configura uma má alimentação pode desencadear a enxaqueca”, diz.

Segundo a profissional, o estresse e uma estrutura emocional frágil também favorecem o surgimento da doença, assim como o uso da pílula anticoncepcional. Investir em atividades físicas pode ser uma alternativa para afastar a dor. Segundo a especialista, exercícios leves liberam endorfina, que atua como uma espécie de analgésico interno e diminui a dor.

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