
De acordo com as lideranças indígenas das aldeias Jaguapiru e Bororó hoje a maior necessidade dos índios é a água tratada. Falta água constantemente e apesar de inúmeras reclamações a Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) não con-segue resolver o problema. "Nesse calor que está fazendo ultimamente, a gente que mora na parte mais alta não sofre tanto, mas aqueles patrícios que moram mais ao fundo da aldeia vivem sofrendo, tomando água de açude e ficando cada vez mais doente", disse uma liderança indígena.
Hoje quando se comemora o dia do índio várias tribos vão comemorar a data de acordo com a cultura e a tradição. Algumas se reúnem para fazer churrasco, uma tradição sulmatogrossense trazida pelos gaúchos que ajudaram a fundar o município há mais de 80 anos. O costume da iguaria foi aos poucos chegando a reserva. Muitas vezes o churrasco é acompanhado de bebidas feitas pelos próprios indígenas, como a "shisha" ou mesmo com o refrigerante, considerado como "bebida de não índio" que já faz parte das comemorações indígenas, pois com a expansão da reserva não existe mais distancia entre os índios e o comércio dos não índios.
A maior atração no dia do índio para quem visitar a reserva é a dança indígena. Os grupos dançam tanto em suas ocas como também na Vila Olímpica Indígena. A maior preocupação dos indígenas é de manter a tradição.
Na oca do cacique "Jorge" por exemplo o cuidado em manter a tradição e os costumes indígenas é sem-pre muito grande. Muitos turistas visitam a oca do cacique Jorge para comprar artesanatos indígenas confeccionados pela própria família. Além da oca do cacique Jorge existem várias outras ocas no interior da reserva com os mais diferentes rituais e danças. Para as famílias indígenas, o maior desafio tem sido manter a cultura indígena.