Comissária da UE Neelie Kroes reúne professores
e alunos em Bruxelas para falar sobre web segura.
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A Comissão Europeia solicitou nesta terça-feira (8) aos fabricantes de novas tecnologias que se somem aos esforços para proteger as crianças de possíveis abusos na internet.Uma a cada três crianças se conecta à rede de telefones celulares e uma a cada quatro por meio de seus consoles de jogos. Além disso, metade dos adolescentes de 13 a 16 anos acessam à internet de seus quartos, o que dificulta o controle dos pais. \"É difícil para os pais vigiarem seus filhos\", declarou a comissária europeia de Agenda Digital, Neelie Kroes.
Esta realidade requer, segundo Kroes, \"uma maior responsabilidade do setor das tecnologias da informação e da comunicação no momento de oferecer produtos e serviços\".
A comissão da União Europeia abordou o assunto por causa do \"Dia Internacional por uma Internet Mais Segura\", realizado nesta terça-feira (8) em mais 65 países com o lema \"internet é mais que um jogo, é sua vida\".
#####Uso consciente
A Comissão se comprometeu a revisar as recomendações comunitárias sobre proteção ao menor em meios audiovisuais e internet e sobre conteúdos prejudiciais nos videogames.
\"A solução não é bloquear a internet, mas ajudar os usuários a utilizar a rede devidamente, algo que é uma responsabilidade dos pais, professores e das próprias crianças\", assinalou Kroes nesta terça-feira (8) em seu discurso durante um seminário organizado em Bruxelas.
A comissária recomendou, por exemplo, máxima segurança ao criar contas nas redes sociais, dado que 59% das crianças e adolescentes entre 9 e 16 anos têm algum perfil em uma rede social e 26% têm perfis completamente \"públicos\", enquanto 14% deles publicam endereço e número de telefone em seus perfis.
A Organização Europeia de Operadores de Telecomunicações (ETNO) anunciou nesta terça-feira (8) a criação de um site com informações e recomendações para elevar o nível de conscientização dos usuários.
\"Já que as crianças que usam internet são cada vez mais jovens, nossa missão é fazer a rede mais segura e incluir ferramentas de controle dos pais e oferecer serviços especificamente projetados para crianças\", destacou em comunicado o presidente da divisão de proteção da infância de ETNO, Pedro Gonçalves.
(G1)