
O Ministério da Cultura e Agência Nacional do Cinema (Ancine) anunciaram hoje (5) três editais para investimentos de R$ 45,25 milhões na indústria de games. Os recursos devem contemplar tanto projetos em desenvolvimento, como produtos em fase de comercialização, além de apoiar as chamadas aceleradoras, empresas que dão suporte aos desenvolvedores.
O dinheiro virá do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). A partir do aporte, parte do retorno financeiro dos produtos comercializados ou desenvolvidos deverá voltar para o fundo. “Nós estamos falando de investimento. O Fundo Setorial está se associando com essas empresas, injetando recursos nos projetos ou nas aceleradoras, esperando obter, junto com os empreendedores, retorno financeiro”, enfatizou o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, durante a Comic Con Experience, maior evento nacional de cultura geek.
Os games já representam no Brasil e no mundo, segundo o ministro, um mercado maior do que o da música e do cinema juntos. O setor teve, de acordo com Sérgio Sá, um crescimento anual médio nos últimos quatro anos de 24,7%, passando de um faturamento de US$ 366 milhões, em 2013, para US$ 886 milhões, em 2017. A estimativa é que a indústria de games continue a crescer no Brasil a um índice médio de 14,7% até 2022.
“Esse investimento, se for feito de forma regular e contínua por dez anos, nós colocaremos a indústria de games brasileira entre as maiores do mundo”, disse o ministro sobre as perspetivas do setor no país.
Editais
Para a produção, o edital lançado hoje disponibilizará R$ 16,75 milhões distribuídos em três categoriais com valores máximos de investimento por projeto que variam de R$ 750 mil a R$ 3 milhões. Em uma das modalidades serão selecionados propostas voltadas à acessibilidade. Os recursos também devem atender o desenvolvimento de ideias de realidade virtual e realidade aumentada. A distribuição dos recursos será feita ainda por cotas regionais.
Outros R$ 10,5 milhões serão destinados a complementar os recursos privados para desenvolvimento ou ampliação de um projeto. Cada proposta poderá receber no máximo R$ 1 milhão nessa modalidade. Enquanto R$ 8 milhões são para games concluídos ou em fase de finalização, com foco na comercialização.
Além disso, R$ 10 milhões serão disponibilizados para apoiar as chamadas aceleradoras, empresas que oferecem suporte, como capacitação, aos desenvolvedores. “A demanda superou muito a nossa expectativa, o que demonstra acerto de ter linhas como essa no âmbito do Fundo Setorial do Audiovisual e da política do audiovisual. Há um centro de games pujante no nosso país, são quase 400 empresas ativas”, destacou.
Investimentos anteriores
Ainda neste mês, devem ser anunciados os 30 projetos contemplados com os recursos para desenvolvimento de games para o público infantil. Ao todo, os desenvolvedores devem receber R$ 16 milhões.
O primeiro edital voltado para games no Brasil foi lançado em 2016, disponibilizando R$ 10 milhões para o setor. De 2013 a 2018, o número de empresas que desenvolvem games no país passou de 142 para 375. A estimativa é que existam 75 milhões de consumidores brasileiros desses produtos.
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