Crédito: Carlos RibeiroO deputado estadual Pedro Caravina apresentou na quinta-feira (6) uma indicação oficial solicitando ao governador Eduardo Riedel a inclusão de ao menos 30 vagas para o cargo de Perito Oficial Forense Papiloscopista no próximo concurso público da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. A solicitação também foi encaminhada ao secretário de Estado de Administração, Frederico Felini, para análise e providências.
A medida visa suprir o déficit crescente de profissionais na categoria, que tem enfrentado dificuldades operacionais devido à alta demanda e ao número reduzido de servidores no Instituto de Identificação. O pedido foi apresentado após reivindicação do Sindicato dos Peritos Oficiais Forenses Papiloscopistas de MS (Sinpap/MS), por meio de sua presidente, Danielle Bueno.
Déficit de profissionais impacta serviço essencial
Em sua justificativa, o deputado destaca que a última nomeação de papiloscopistas em Mato Grosso do Sul ocorreu há alguns anos, com 46 servidores convocados. Desde então, oito já pediram exoneração, enquanto outros dez aguardam nomeação em concursos anteriores.
Essa redução de profissionais tem impactado diretamente o funcionamento do Instituto de Identificação ocorrendo sobrecarga de trabalho. Como solução temporária, a Coordenadoria Geral de Perícias tem remanejado servidores para o interior do estado, mas essa medida tem gerado dificuldades para os profissionais e suas famílias.
Além disso, a demanda pelo serviço de identificação tem crescido expressivamente. Com a implementação da nova Carteira de Identidade Nacional (CIN), o número de emissões disparou. Segundo os dados do Sindicato da categoria, em 2024, foram emitidas 288.766 novas identidades, um aumento de 70,14% em relação ao ano anterior. Hoje, o Instituto de Identificação já emite mais de 30 mil documentos por mês, além de continuar exercendo suas funções na identificação criminal e necropapiloscópica, perícia em locais de crime, retrato falado, exame de comparação facial humana, entre outros.
Urgência na abertura de novas vagas
Além do impacto na identificação civil e criminal, a ausência de novos concursos tem levado os profissionais a trabalhar além da carga horária, a se deslocar constantemente para outras cidades e a enfrentar dificuldades operacionais. Sem novas contratações, a qualidade dos serviços fica comprometida, prejudicando tanto a investigação policial quanto o atendimento à população.
Por isso, o deputado reforçou a importância da abertura de pelo menos 30 novas vagas no concurso da Polícia Civil, garantindo um quadro adequado para atender à crescente demanda e melhorar as condições de trabalho da categoria.
Agora, a solicitação será avaliada pelo governo do estado e pelos órgãos responsáveis pelo concurso público. A expectativa é que a medida seja atendida, assegurando a reposição dos profissionais e garantindo a continuidade dos serviços de identificação em Mato Grosso do Sul.
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