
A Vigitel é uma pesquisa feita nas capitais brasileiras por telefone; em 2015, 54 mil pessoas maiores de 18 anos foram entrevistadas. Entre as cidades pesquisadas, o Rio de Janeiro apresenta o maior número de hipertensos, com 30,6% da população, e Palmas (TO) tem o menor Ãndice, com 15,7%.
De acordo com a pesquisa, grande parte dos brasileiros não acredita que consome muito sal. Apenas 14,9% da população consideram seu consumo de sal alto ou muito alto, entretanto mais de 70% consomem sódio em excesso. Segundo o Ministério da Saúde, o brasileiro consome uma média de 12 gramas de sódio todos os dias. O valor é quase o dobro do recomendado pela Organização Mundial da Saúde, de menos de 5 gramas por dia.
Os dados do Vigitel foram apresentados hoje, durante a divulgação dos resultados do acordo de redução de sódio em alimentos processados, firmado entre o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação. Desde 2011, foram retiradas 14.893 toneladas de sódio dos produtos alimentÃcios. A meta é que as indústrias promovam a retirada voluntária de 28.562 toneladas de sal das prateleiras até 2020.
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, destacou, entretanto, que 75% do consumo de sódio no paÃs estão associados à quantidade de sal adicionado pelos consumidores na preparação e no consumo dos alimentos. "Alguns paÃses já proibiram saleiro na mesa dos restaurantes. Precisamos alertar para que as pessoas cooperem com a redução do consumo de sal", disse.
Apesar de o Ãndice de pessoas com hipertensão ter se mantido estável, houve redução de 33% na taxa de internações pela doença, passando de 61 para 41 internações por 100 mil habitantes. "Isso aconteceu em função de uma ação conjunta da saúde, acesso a medicamentos, redução de sódio e cuidado das próprias pessoas em fazer exercÃcios fÃsicos. Tudo isso faz parte dos resultados e há comprovada relação entre consumo de sódio e hipertensão", afirmou.
Segundo o ministério, o consumo excessivo de sódio é fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissÃveis, que atualmente respondem por 72% das mortes no Brasil, como hipertensão, obesidade, osteoporose e problemas renais.
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