Um medicamento que chegou às farmácias há 26 anos mudou a história da luta contra a impotência sexual, revelando-se a solução para muitos homens que sofriam de disfunção erétil.
Bruno Chiesa Gouveia Nascimento – Foto: Currículo Lattes
Quem não se lembra da história desse comprimido revolucionário? O famoso comprimido azul foi lançado em 1998. Testado inicialmente para tratar angina, mostrou-se capaz de aumentar o fluxo sanguíneo no pênis. Pois é, e lá se vai meio século desde sua chegada às farmácias. O primeiro dia de venda notabilizou-se por uma grande procura, principalmente de idosos, pelo “comprimido mágico”, que revolucionou o mercado farmacêutico pela segurança e eficácia, livrando milhões de homens, no mundo inteiro, da impotência sexual.
O urologista Bruno Nascimento, membro do grupo de Medicina Sexual e Andrologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, especialista em disfunção sexual, explica que, depois de tanto tempo, ainda existem os efeitos colaterais, mas nenhum de risco.
Tratar angina
A pílula azul, diz ele, foi descoberta por uma farmacêutica que pesquisava uma droga para tratar a angina, uma doença cardíaca. O aumento da irrigação sanguínea mostrou eficácia na disfunção sexual. Antes dele, o tratamento era feito com seringas no local e bombas a vácuo, que causavam dores e incômodo.
A medicação vem se mantendo a mesma ao longo dos anos, no que diz respeito à composição, apesar de terem similares no mercado, como explica o urologista do Hospital das Clínicas. Mas a revolução não ficou apenas na indústria farmacêutica mas principalmente no investimento nas área da pesquisa, ciência e medicina.