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Plataforma de Pesquisa Científica em MS vai desenvolver medicamentos e vacinas

O documento foi assinado nesta segunda-feira pelo governador Reinaldo Azambuja com a presidente da Fiocruz, Nisia Trindade Lima

20 Jun 2022 - 19h14Por Paulo Fernandes, Subcom
Governador Reinaldo Azambuja discursa durante ato no Bioparque Pantanal - Governador Reinaldo Azambuja discursa durante ato no Bioparque Pantanal -

Convênio de R$ 14,854 milhões permitirá a instalação de uma Plataforma de Pesquisa Científica da Fiocruz em Mato Grosso do Sul. O espaço de ensaios clínicos será usado para o desenvolvimento de novos insumos, como medicamentos e vacinas, e até mesmo para novas aplicações de remédios já existentes. O documento foi assinado nesta segunda-feira (20) pelo governador Reinaldo Azambuja com a presidente da Fiocruz, Nisia Trindade Lima, em um evento no Bioparque Pantanal. 

Medindo de 2,5 mil a 3 mil metros quadrados, o novo prédio será erguido ao lado do Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública), em Campo Grande. O prazo para construção e execução é de 12 meses. Os recursos são do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Fundect (Fundação de Ciência e Tecnologia).

Em seu discurso, Reinaldo Azambuja voltou a defender a ciência para proteger a saúde e proporcionar um futuro melhor às pessoas. “Eu tenho certeza de que toda essa equipe vai desenvolver pesquisas importantes para Mato Grosso do Sul, para o Brasil e o mundo. Por isso que o nosso governo é o que mais investiu em ciência e tecnologia de todos os governos que passaram por Mato Grosso do Sul porque, realmente, a gente acredita nisso. Sabemos que investir em ciência, tecnologia e inovação é investir em um futuro melhor para gerações, para a nossa população, em todas as áreas”, disse.

De acordo com a presidente da Fiocruz, a Plataforma de Pesquisa Científica vai beneficiar a população com pesquisas para desenvolver insumos que abastecerão o Sistema Único de Saúde. “Essa Plataforma de Pesquisa Clínica criada nesse momento, a partir do convênio com o Estado de Mato Grosso do Sul, é de grande importância para a Fiocruz mas, sobretudo, para o Sistema Único de Saúde, para o Brasil. Essa importância se dá no reforço à pesquisa clínica de novos medicamentos, vacinas, testes diagnósticos que terão aqui, consolidando assim toda uma trajetória de pesquisa, com especial ênfase na pesquisa clínica já realizada pela Fiocruz no Estado e vai permitir com que se faça uma avaliação de novas drogas ou até mesmo de novas utilizações de drogas já conhecidas para a população através do SUS”, declarou. 

A Fiocruz é a mais destacada instituição de ciência e tecnologia em saúde da América Latina. Para o secretário de Estado de Saúde, Flavio Britto, o investimento mostra a importância da ciência, tecnologia e inovação para Mato Grosso do Sul. “O governador Reinaldo Azambuja sempre apoiou de forma incondicional a ciência. Ao assinar esse convênio, está dizendo ao Brasil que a ciência é muito importante”.

Já o infectologista Julio Croda explicou a importância das pesquisas clínicas. “O que é essa pesquisa clínica? É a pesquisa com seres humanos na fase final de desenvolvimento de drogas, vacinas e novos tratamentos. Isso é muito importante porque vai colocar o Estado no cenário de captar recursos internacionais, principalmente, para o desenvolvimento de novas terapias. Além dessa captação de recurso que vem para o Estado, que emprega famílias, que gera conhecimento, artigo publicado, ciência, essa plataforma vai beneficiar os sujeitos da pesquisa, os indivíduos que participam da pesquisa”, disse.

E o diretor-presidente da Fundect, Márcio de Araújo Pereira, destacou o trabalho da Fiocruz no combate ao vírus da Covid-19 e a importância dos investimentos do Estado de Mato Grosso do Sul em ciência e tecnologia. “Sou grato por estar na Fundect com investimentos que vão desde a iniciação, com bolsas científicas, até pesquisas do mais alto nível”.

Dose fracionada de vacina

Durante o evento, a vice-presidente do Sabin Vaccine Institute, pesquisadora Denise Garrett, lançou o Ensaio Clínico Fract-cov. O estudo vai avaliar o uso de dose fracionada de vacinas contra Covid-19 para buscar um equilíbrio entre eficácia e efeitos colaterais. 

Participaram do evento no Bioparque ainda os secretários de Estado Jaime Verruck (Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) e Eduardo Romero (Cidadania e Cultura); secretários-adjuntos Crhistinne Maymone (Saúde) e Ricardo Senna (Semagro); ex-secretário de Saúde Geraldo Resende; e o infectologista Ricardo Venâncio, entre outras autoridades.

 

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